
Pois é, finalmente uma notícia que não vai fazer você tremer na base quando a conta de luz chegar. A ANEEL — aquela agência que dita as regras do nosso suado dinheirinho gasto com energia — acabou de dar uma trégua para o bolso do brasileiro.
Parece que outubro vem com um sinal mais amarelo, ou melhor, vermelho, mas do tipo menos assustador. A bandeira tarifária vai ser a Vermelha Patamar 1, com uma cobrança adicional de R$ 4,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Uma mudança e tanto, se lembrarmos que em setembro a coisa tava feia no patamar 2, com a taxa extra de R$ 9,49.
Por que a mudança? O que aconteceu por trás dos panos?
Bom, a explicação oficial — e que faz um certo sentido — é que os reservatórios das hidrelétricas, principalmente das regiões Sudeste e Centro-Oeste, deram uma melhorada. As chuvas apareceram, o nível d'água subiu e a pressão para acionar as termelétricas, que são bem mais caras, diminuiu. Alívio para o sistema e, claro, para o nosso custo de vida.
Mas fica o pé atrás, né? A gente sabe como é. O tempo vira de repente, e o que era alívio pode virar susto de uma hora para outra. A ANEEL mesmo já avisa que fica de olho nos reservatórios e no custo de geração de energia, reavaliando a bandeira todo mês. É aquela velha história: comemora, mas sem fazer festa muito grande.
E no fim das contas, o que significa para você?
Imagine uma família com um consumo médio de 200 kWh por mês. Com a bandeira vermelha patamar 1, a conta vai ter um acréscimo de R$ 9,00. Não é o ideal — afinal, quem quer pagar mais por nada? —, mas é bem menos dolorido do que os quase R$ 19,00 extras que seriam cobrados no patamar 2. Uma diferença que, no aperto do final do mês, pode significar um cafézinho a mais ou aquele pãozinho extra.
É aquela coisa: num país onde o orçamento já está esticado como elástico velho, qualquer centavo que fica no bolso é vitória. A gente torce para que seja o início de uma tendência de queda, mas fica o aprendizado: o melhor jeito de economizar mesmo é ficar de olho no próprio consumo, apagar a luz do cômodo vazio e não deixar os eletrônicos na tomada à toa. Pequenos gestos que, no fim do mês, fazem uma bela diferença.