Operação Resgate: Mais de 200 Aves Silvestres Salvas de Cativeiro Ilegal em Alagoinhas
Mais de 200 aves silvestres resgatadas em Alagoinhas

Parece coisa de filme, mas foi bem real. Nesta última sexta-feira, 26, Alagoinhas virou palco de uma daquelas operações que restauram um pouquinho a fé na humanidade. Ou pelo menos na parte dela que ainda se importa com os bichos.

Imagina só: mais de duzentas aves silvestres, a maioria delas cantando o blues do cativeiro, resgatadas de uma situação que beirava o absurdo. A coisa foi séria. O IBAMA, junto com a turma da Polícia Militar ambiental, botou o pé na porta e encontrou um cenário que nenhum animal merece.

O que a polícia encontrou no local?

Foram nada menos que 223 aves. Dá pra acreditar? A lista era grande e triste: canários-da-terra, coleirinhos, trinca-ferros, cardeais, galos-de-campina... gente bonita da nossa fauna, tratada como objeto. E o pior: muitas estavam visivelmente debilitadas. A vida em gaiola, longe do seu habitat, cobra um preço alto.

Os animais estavam espremidos em gaiolas que mais pareciam apertados apartamentos de solteiro. Falta de espaço, de higiene, de comida adequada – o pacote completo do descaso. Uma verdadeira prisão para quem nasceu para voar livre.

E agora, qual o destino dessas aves?

Bom, aí vem a parte boa da história. Todas as aves foram levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do IBAMA, em Salvador. É como um spa de reabilitação forçada. Lá, passam por uma verdadeira bateria de exames.

  • Check-up veterinário completo: Avaliam o estado de saúde, tratam de ferimentos e doenças.
  • Período de quarentena: Fundamental para garantir que não vão levar nenhuma enfermidade de volta para a natureza.
  • Processo de reabilitação: É aqui que tentam reaprender a ser selvagens. Inclui até treino de voo, imagina?

O objetivo final, claro, é devolvê-las ao seu lar, às matas de onde nunca deveriam ter saído. Mas só quando os veterinários derem o sinal verde. A soltura é um momento delicado – tem que ser no lugar certo e na hora certa.

Ah, e sobre o responsável por essa barbaridade? A investigação continua firme e forte. A gente torce para que a lei seja aplicada com todo o rigor. Manter animal silvestre em cativeiro não é hobby, é crime. E dos graves. A pena pode chegar a um ano de detenção, mais multa que não é pouca coisa.

É um lembrete importante, né? A nossa fauna é um patrimônio. Não é enfeite para quintal. Ver uma operação dessas dá um alívio, mas também uma angústia – quantos ainda estão por aí, sofrendo em silêncio?