 
Uma área de 140 hectares pertencente à Vale em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tornou-se epicentro de uma complexa disputa judicial e alvo de investigação por desmatamento ilegal. O caso envolve o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e uma guerra pela posse do terreno.
Operação da Polícia Federal descobre destruição ambiental
Durante a Operação Dispersores, realizada em outubro, a PF constatou supressão de vegetação nativa em parte da área. As investigações apontam que o desmatamento ocorreu após a mineradora perder a posse do local para uma empresa de segurança.
O MPF já instaurou um inquérito civil público para apurar responsabilidades pelos danos ambientais. As autoridades buscam determinar se houve omissão da Vale na proteção da área e identificar os autores diretos da degradação.
Disputa judicial acirrada pela posse
A situação se complica com uma verdadeira guerra judicial pela posse do terreno:
- A Vale recorreu à Justiça após ser expulsa do local por uma empresa de segurança em 2022
- A mineradora obteve uma liminar favorável para retomar a posse
- O caso está sendo analisado pela 2ª Vaga Cível de Nova Lima
- A empresa de segurança alega ter direitos sobre a área
Vale se defende e promete ações
Em nota, a Vale afirmou que não é responsável pelo desmatamento e que tomou "todas as medidas cabíveis" para proteger o patrimônio, incluindo ações judiciais. A empresa se disse vítima de uma "invasão" e garantiu que vai "apurar os fatos e adotar as providências necessárias".
Impactos ambientais em análise
O terreno de 140 hectares está localizado em uma área de significativa importância ambiental na região metropolitana. Especialistas alertam que o desmatamento pode ter causado:
- Destruição de habitats naturais
- Comprometimento de nascentes e recursos hídricos
- Perda de biodiversidade local
- Impactos no microclima regional
O caso exemplifica os desafios na fiscalização ambiental em áreas sob disputa judicial e levanta questões sobre a responsabilidade de grandes corporações na proteção de seus patrimônios, mesmo quando não estão na posse direta do local.
A situação permanece em aberto, com investigações em andamento e a disputa judicial sem previsão de conclusão.
 
 
 
 
