Não é de hoje que o solo mineiro sofre com a ganância de quem acha que pode lucrar destruindo o que é de todos. Mas desta vez, a conta chegou – e veio com força total.
Nesta quarta-feira, 17 de setembro, a Polícia Federal deflagrou uma operação de tirar o fôlego contra uma organização criminosa especializada em garimpo ilegal. Quinze pessoas foram presas, sabe? Quinze. Todas acusadas de extrair minério de forma clandestina, como se as leis ambientais simplesmente não existissem.
Os mandados judiciais – são 16, para ser exato – se espalharam por vários cantos do estado. Belo Horizonte, Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo... A PF não deixou pedra sobre pedra. A operação, batizada de «Adeus, Matacão», mirava diretamente um grupo que não tinha pudor algum em devastar áreas de preservação para extrair minério de ferro.
Um prejuízo que vai muito além do dinheiro
Os investigadores calcularam que só de ICMS, o estado deixou de arrecadar nada menos que R$ 3,5 milhões. Mas, francamente, o estrago ambiental é incalculável. E é aí que a coisa dói de verdade – porque dinheiro some e volta, mas uma nascente destruída ou um vale arrasado? Isso fica para sempre.
Os caras não faziam nada pela metade: usavam até maquinário pesado para escavar e transportar o minério, tudo às escondidas. Mas esconderijo tem perna curta quando a PF resolve investigar.
As acusações são graves – e numerosas
Além do óbvio crime ambiental, o grupo responde por formação de organização criminosa, sonegação fiscal e usurpação de bens da União. Uma lista feia, daquelas que deixam marcas permanentes.
Os presos já estão à disposição da Justiça. E agora, vão ter que encarar as consequências de achar que poderiam brincar de Deus com o patrimônio natural do país.
Restauração ambiental? Vai ser obrigatória. E a conta – adivinhem só – vai ser toda deles.
