Numa ação que mistura tradição perigosa e desrespeito à lei, três pessoas acabaram algemadas e com os bolsos mais leves — muito mais leves. A cena aconteceu na zona rural de Votorantim, interior de São Paulo, onde a Polícia Militar Ambiental fez valer a força da legislação.
Era por volta das 23h de segunda-feira (28) quando a equipe foi acionada. Uma denúncia anônima — aquelas que sempre surgem quando menos se espera — levou os agentes até um terreno afastado. Lá, encontraram o trio em plena atividade ilícita: preparando balões para soltar. Nem deu tempo de completarem o ritual.
Multa que dói no bolso
O estrago financeiro? Considerável. Cada um dos envolvidos recebeu uma multa individual de R$ 34 mil — somando mais de R$ 100 mil. Valor que, convenhamos, daria para comprar uns bons itens de segurança contra incêndios, ironicamente.
- Material apreendido: 4 balões prontos
- Equipamentos de fabricação
- Isqueiros e combustível
"A gente sabe que tem quem ainda ache bonito, mas é crime ambiental gravíssimo", comentou um dos policiais, que preferiu não se identificar. E de fato é: além do risco de incêndios — especialmente em áreas rurais como aquela —, a prática pode render até 3 anos de cadeia.
O perigo que voa
Quem mora na região sabe: época de festa junina é sempre tensa. Os balões, que parecem inofensivos quando sobem, tornam-se ameaças reais quando caem — e sempre caem. Só neste ano, o Corpo de Bombeiros já atendeu 12 ocorrências relacionadas na região.
Os três detidos — dois homens de 32 e 41 anos, e uma mulher de 38 — foram levados para a delegacia. Lá, além de responderem pelo crime ambiental, ainda pegaram um belo sermão do delegado plantonista. Moral da história? Tradição que coloca vidas em risco não merece ser preservada.
