
Imagine só: você está lá, feliz da vida, prestes a saborear aquela cachaça artesanal maranhense — aquela que dizem ser a melhor da região — quando descobre que ela foi armazenada em embalagens que um dia abrigaram veneno agrícola. Pois é, meu amigo. A realidade às vezes supera a ficção.
Numa dessas operações de rotina que ninguém espera — mas que todo mundo deveria torcer para que aconteçam —, fiscais do estado do Maranhão esbarraram numa cena no mínimo surreal. Um estabelecimento comercial, que prefere não identificar (até porque a justiça está cuidando disso), resolveu dar um "toque criativo" no armazenamento de bebidas.
O que exatamente aconteceu?
Segundo relatos dos fiscais — que ainda devem estar se recuperando do susto —, dezenas de garrafas de cachaça artesanal estavam acomodadas em recipientes que claramente traziam resíduos e rótulos de produtos químicos usados na agricultura. Aqueles mesmos que trazem aquelas advertências assustadoras em letras miúdas.
- Embora as embalagens estivessem vazias, especialistas alertam: resíduos invisíveis podem permanecer
- A prática, além de ilegal, coloca em risco a saúde dos consumidores
- O estabelecimento foi autuado e pode responder criminalmente
"Isso não é economia, é roleta russa com a saúde pública", disparou um dos agentes envolvidos na operação, que preferiu não se identificar. E não é que ele tem razão?
E agora, José?
Enquanto o caso segue seu curso legal — e torcemos para que seja rápido —, fica o alerta: o barato pode sair caro. Muito caro. Principalmente quando o que está em jogo é o bem mais precioso que temos.
Ah, e se você pensa que "só um gole não faz mal", talvez seja hora de repensar. Como dizia minha avó: "O perigo mora ao lado. E às vezes, dentro do copo".