Operação no ES apreende 400 kg de carne de cavalo e desmata cemitério clandestino | G1 ES
ES: 400kg de carne de cavalo apreendidos em operação

Uma operação policial no Espírito Santo revelou uma rede criminosa envolvendo a comercialização de carne de cavalo de origem duvidosa. As investigações culminaram com a prisão de dois indivíduos e a apreensão de quase 400 quilos do produto, em uma ação que expõe riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Apreensão recorde de carne equina

Durante a operação, os policiais encontraram aproximadamente 400 kg de carne de cavalo armazenada em condições inadequadas. A carga estava sendo preparada para distribuição no mercado local, sem qualquer tipo de fiscalização sanitária ou autorização dos órgãos competentes.

"Encontramos a carne acondicionada de forma completamente irregular, sem refrigeração adequada e em local insalubre", relatou um dos agentes envolvidos na ação.

Descoberta macabra um dia depois

As investigações tomaram um rumo ainda mais sombrio quando, apenas 24 horas após a prisão da dupla, as autoridades localizaram um cemitério clandestino de animais na região. O local abrigava dezenas de carcaças de equinos em avançado estado de decomposição.

O cemitério ilegal funcionava sem qualquer controle ambiental, representando sérios riscos de contaminação do solo e dos lençóis freáticos, além do potencial para proliferação de doenças.

Riscos à saúde pública

Especialistas em vigilância sanitária alertam que o consumo de carne de origem desconhecida pode trazer sérios perigos à população:

  • Contaminação por bactérias e microorganismos
  • Risco de transmissão de doenças animais
  • Ausência de controle de qualidade
  • Uso indiscriminado de medicamentos veterinários

Operação em andamento

As investigações continuam para identificar toda a rede envolvida no esquema, desde os fornecedores até os pontos de venda. As autoridades suspeitam que a operação criminosa atuava há meses na região.

"Estamos trabalhando para desarticular completamente essa organização que coloca em risco a saúde da população e causa danos ambientais significativos", afirmou o delegado responsável pelo caso.

Os dois presos responderão por crimes ambientais, contra a saúde pública e por exercício ilegal de atividade econômica. As penas podem chegar a oito anos de reclusão.