Imagine um pedacinho da Itália no coração do Brasil. Pois é, Santa Teresa, no Espírito Santo, não só existe como respira história — e que história! Fundada em 1875, essa cidadezinha de montanha foi o primeiro núcleo de colonização italiana no país. E olha, não é só o sotaque que delata a herança: cada rua, cada casa, cada cantinho parece ter saído de um conto toscano.
Quem chega lá se depara com um cenário que mistura o bucólico e o pitoresco. As construções coloniais, muitas delas preservadas, contam segredos de mais de um século. E os moradores? Ah, esses mantêm viva a tradição com um orgulho que dá gosto de ver. Não é à toa que a cidade é conhecida como "Terra dos Colibris" — tem uma energia que voa baixo, mas é impossível não notar.
Não é só passado, não
Se você pensa que Santa Teresa vive só de memórias, está redondamente enganado. A cidade pulsa com uma cena cultural efervescente. Museus? Tem vários, e cada um com seu charme peculiar. O Museu Mello Leitão, por exemplo, é um espetáculo à parte — fundado pelo naturalista Augusto Ruschi, é um verdadeiro santuário da biodiversidade capixaba.
E a gastronomia? Meu amigo, prepare o paladar. Dos vinhos artesanais aos pratos que levam receitas passadas de geração em geração, cada garfada é uma viagem no tempo. O famoso "polenta e osso" é quase um hino local — mas não se engane, a culinária vai muito além.
Natureza que encanta
Quem gosta de ecoturismo vai se sentir no paraíso. As montanhas verdejantes escondem cachoeiras de tirar o fôlego e trilhas que levam a mirantes naturais de cortar o coração. Dizem que o pôr do sol visto do Alto do Cruzeiro é tão bonito que chega a doer — e depois de ver, você vai entender porquê.
Ah, e não podemos esquecer da produção local! Santa Teresa é terra de café especial, vinhos premiados e queijos que competem (e ganham) dos importados. Tudo feito com aquele cuidado artesanal que só quem ama o que faz consegue entregar.
Quer um conselho? Se ainda não conhece, coloque Santa Teresa no topo da sua lista. Não vai se arrepender — e pode até sair de lá com um pedacinho do coração deixado entre as montanhas capixabas.
