
O Paquistão está enfrentando uma das piores crises climáticas dos últimos anos. As chuvas torrenciais que caíram sem trégua transformaram ruas em rios furiosos, arrastando tudo pelo caminho. Casas, carros, até árvores centenárias — nada escapou da fúria das águas.
Em algumas regiões, o nível da água chegou a dois metros de altura, obrigando milhares a abandonarem seus lares às pressas. "Parecia um filme de terror", desabafa um morador de Lahore, que perdeu tudo em questão de minutos.
O cenário é desolador
As imagens que circulam nas redes sociais mostram um país irreconhecível. Onde antes havia estradas, agora só se vê água barrenta. Pontes desabaram como castelos de areia, isolando comunidades inteiras.
- Mais de 300 mortes confirmadas
- Estima-se que 1 milhão de pessoas foram afetadas
- Prejuízos materiais ultrapassam US$ 1 bilhão
E o pior? Os meteorologistas avisam que a situação pode piorar nos próximos dias, com novas tempestades a caminho.
Resposta lenta e desafios logísticos
O governo paquistanês declarou estado de emergência, mas a ajuda está chegando a conta-gotas. "É como enxugar gelo", reclama um voluntário em Islamabad, referindo-se à dificuldade de alcançar áreas remotas.
Enquanto isso, hospitais superlotados enfrentam surtos de doenças transmitidas pela água contaminada. Dengue, cólera e infecções cutâneas se espalham rapidamente entre os desabrigados.
O mundo está assistindo — mas será que a ajuda internacional chegará a tempo? Diante de tantas crises globais simultâneas, o Paquistão corre o risco de se tornar mais uma tragédia esquecida.