
Era para ser mais um dia de aventura, desses que a gente guarda na memória — e no celular. Mas o que começou como um passeio descontraído terminou em tragédia nas águas geladas de uma cachoeira em Antônio Prado, na serra gaúcha. Um jovem de 24 anos, que havia deixado o Amapá em busca de novos ares, perdeu a vida enquanto tentava capturar a paisagem exuberante.
A queda foi brutal — cerca de 15 metros de altura, segundo as primeiras informações. Tudo aconteceu tão rápido que nem deu tempo de reagir. Ele escorregou enquanto posicionava o celular para mais uma selfie, aquelas que a gente posta nas redes mostrando coragem e espírito aventureiro.
O Corpo Encontrado pelas Equipes de Resgate
O Bombeiro Voluntário de Nova Roma do Sul, Anderson Dalla, ainda parece abalado ao relatar os detalhes. "O local é realmente perigoso", confessa, com a voz um pouco embargada pela experiência. A equipe precisou usar cordas e todo seu know-how para chegar até o jovem, mas já era tarde demais.
O que mais impressiona — e preocupa — é que não se trata de um caso isolado. Quantas vezes já vimos pessoas arriscando a vida por uma foto? Parece que a ânsia de compartilhar momentos especiais às vezes nos faz subestimar os perigos.
Uma Vida que Cruzou o País
O que teria trazido esse amapaense de 24 anos até o extremo sul do país? Sonhos? Trabalho? A busca por novas experiências? A família, que ainda está sendo localizada, deve estar se perguntando como tudo aconteceu tão rápido.
O corpo segue no Instituto Geral de Perícias (IGP) de Caxias do Sul, aguardando liberação para o sepultamento. Enquanto isso, a comunidade de Antônio Prado — normalmente acostumada com turistas encantados por suas belezas naturais — se vê diante de uma realidade dura: até os cenários mais idílicos podem esconder armadilhas fatais.
E você, já parou para pensar nos riscos que corre por uma selfie? Às vezes, a melhor foto é aquela que a gente não tira — e fica aqui para contar a história.