Era para ser mais um sábado de tranquilidade e pescaria, desses que a gente lembra com saudades. Mas o destino — cruel e imprevisível — resolveu escrever outro final para a história de Lucas Ferreira, 19 anos.
Por volta das 15h30 de sábado (30), o silêncio pacato do Lago Municipal de Mairinque, interior de São Paulo, foi quebrado por gritos desesperados. Testemunhas ainda tentam processar o que viram: o jovem, que minutos antes brincava com amigos, simplesmente desapareceu nas águas escuras.
Uma corrida contra o tempo começou ali. Quem estava por perto fez o que pôde. Alguém gritou por ajuda. Outros mergulharam às cegas, na esperança de encontrá-lo a tempo. Mas a água, parada e enganosamente calma, já o havia tragado.
O resgate que chegou tarde demais
O Corpo de Bombeiros chegou rápido, até. Mas rápido o bastante? Nunca sabemos. Eles reviraram o lago, metro por metro, numa busca que parecia interminável. Quando finalmente o encontraram, já não havia mais sinais vitais. A notícia que ninguém quer receber.
Lucas foi levado às pressas para o Hospital Municipal de Mairinque. Os médicos tentaram de tudo — acredite, eles realmente tentam — mas era tarde. O laudo veio com aquela palavra que corta como faca: óbito por afogamento.
E agora?
O que dizer para a família? Como confortar amigos que viram tudo acontecer? A Polícia Civil abriu inquérito, claro. É protocolo. Vão apurar as circunstâncias, ouvir testemunhas, tentar entender o inexplicável.
Mas algumas coisas a gente já sabe: lago não é piscina. Água parada dá falsa sensação de segurança. E a vida — essa sim — pode mudar num piscar de olhos.
Mairinque hoje está de luto. E Lucas... Lucas virou estrela antes da hora.
