Era para ser mais um dia de diversão, desses que a gente guarda na memória como um momento leve. Mas a vida, sabe como é, às vezes prega peças terríveis. Na última sexta-feira (18), um grupo de amigos decidiu aproveitar o calor paraibano em uma cachoeira na zona rural – e o que deveria ser refrescante virou pesadelo.
Testemunhas contam que o rapaz, de apenas 22 anos, resolveu se aventurar nas águas mais turbulentas. "A gente avisou, mas ele era desses corajosos que não temem nada", relatou um amigo, ainda em choque. Em questão de segundos, a correnteza o arrastou para uma parte mais funda. Nada de braçadas desesperadas ajudou.
O resgate que chegou tarde
O Corpo de Bombeiros foi acionado às pressas, mas enfrentou dificuldades pelo terreno acidentado. Quando finalmente conseguiram retirar o jovem da água, já era tarde demais. Médicos do SAMU confirmaram o óbito no local – aquele tipo de notícia que deixa até os profissionais mais experientes com um nó na garganta.
Curiosamente, essa mesma cachoeira já tinha dado sinais de perigo antes. Moradores antigos da região sempre alertam os visitantes sobre os pontos traiçoeiros, mas parece que ninguém realmente acredita até ver de perto. "Todo verão é a mesma história", comenta Dona Maria, que vive há 40 anos nas redondezas.
Alerta que vem em forma de luto
A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Enquanto isso, algumas questões ficam no ar: Será que placas de alerta mais visíveis poderiam ter evitado isso? Ou a culpa é daquela mistura fatal de juventude e sensação de invencibilidade?
O caso serve de alerta para quem planeja se aventurar em cachoeiras nessa época do ano. Especialistas lembram que:
- Correntes de água podem mudar bruscamente após chuvas
- Áreas aparentemente calmas podem esconder redemoinhos
- Nunca se deve nadar sozinho em locais desconhecidos
A família do jovem – que preferiu não ter o nome divulgado – recebeu o apoio da comunidade. Vizinhos se revezam para levar comida e palavras de conforto, numa demonstração comovente de solidariedade. Resta agora lidar com a dor da perda e com aquele "e se" que nunca terá resposta.
