O governo do Paraná tomou uma medida emergencial para socorrer as famílias afetadas pelo tornado que devastou parte do estado na sexta-feira, 7 de novembro de 2025. O governador Ratinho Jr. (PSD) encaminhou neste sábado, 8, um projeto de lei à Assembleia Legislativa que visa acelerar o repasse de recursos às vítimas da tragédia que deixou seis mortos.
Projeto em regime de urgência
O projeto foi enviado em regime de urgência e a Assembleia Legislativa deve se reunir neste domingo, 9, para votar a proposta. A iniciativa busca modificar as regras atualmente vigentes no estado para auxílio em situações de calamidade, com o objetivo principal de agilizar o apoio às famílias atingidas.
Conforme informou o gabinete do governador por meio de comunicado, o pleito do governo é liberar até R$ 50 mil por família. Os critérios específicos de elegibilidade e os métodos de pagamento serão definidos posteriormente através de decreto.
Cidades mais afetadas
As cidades de Guarapuava e Rio Bonito do Iguaçu foram as mais castigadas pelo fenômeno natural. Rio Bonito do Iguaçu, em particular, teve cerca de 90% dos prédios destruídos pela força do tornado.
Mais cedo no sábado, Ratinho Jr., que visitou pessoalmente a região pela manhã, já havia decretado estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, reconhecendo a gravidade da situação e a necessidade de medidas extraordinárias.
Mudanças na legislação estadual
O projeto encaminhado aos deputados estaduais altera pontos da lei que disciplina os repasses do estado para municípios afetados por desastres. Esta mesma legislação havia criado o Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap) em 2023, ainda durante o governo de Ratinho Jr., em resposta às fortes chuvas e enchentes que atingiram dezenas de municípios paranaenses naquele ano.
A lei original estabelecia que os recursos do Fecap fossem repassados para os fundos municipais equivalentes. A nova proposta pretende permitir que esses pagamentos possam ser feitos diretamente do Fecap para as famílias elegíveis, eliminando etapas burocráticas e acelerando o socorro financeiro.
Esta mudança representa uma significativa evolução no mecanismo de assistência do estado, permitindo que o auxílio chegue mais rapidamente àqueles que mais precisam em momentos críticos.