Os jamaicanos enfrentaram nesta segunda-feira o pesadelo climático de suas vidas. O furacão Melissa, que se intensificou rapidamente nas águas quentes do Caribe, tocou o solo da ilha com uma fúria nunca vista pelas gerações atuais, consolidando-se como a tempestade do século no país.
Um gigante de categoria 4
Com ventos sustentados de impressionantes 240 km/h e rajadas que chegaram a 270 km/h, o Melissa não deu trégua aos jamaicanos. A tempestade, classificada como furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, trouxe consigo não apenas ventos destruidores, mas também chuvas torrenciais e maremotos que agravaram ainda mais a situação.
Rastro de destruição generalizada
Os danos materiais são incalculáveis. Por toda a Jamaica, é possível ver:
- Casas com telhados arrancados e estruturas completamente destruídas
- Estradas bloqueadas por árvores e postes de energia caídos
- Comunidades costeiras inundadas pela fúria do mar
- Infraestrutura crítica severamente danificada
As autoridades locais já confirmaram várias fatalidades e alertam que o número de vítimas pode aumentar significativamente conforme as equipes de resgate conseguem acessar áreas mais isoladas.
Estado de emergência nacional
O governo jamaicano decretou estado de emergência em todo o território nacional. O primeiro-ministro Andrew Holness foi enfático ao declarar que "esta é a tempestade mais devastadora que a Jamaica enfrentou em pelo menos meio século".
Os esforços de resgate e assistência humanitária já estão em andamento, mas enfrentam sérios desafios logísticos devido à extensão dos danos na infraestrutura viária e de comunicações.
Alerta regional mantido
Enquanto a Jamaica começa a contabilizar os estragos, o furacão Melissa continua sua trajetória pela região do Caribe. Os meteorologistas alertam que outras ilhas podem ser afetadas nos próximos dias, embora a intensidade da tempestade deva diminuir gradualmente.
Esta temporada de furacões no Atlântico está se mostrando excepcionalmente ativa e perigosa, com o Melissa representando o ponto mais crítico até o momento. Especialistas em clima atribuem a intensidade incomum dessas tempestades às mudanças climáticas globais e ao aquecimento das águas oceânicas.