
Era pra ser mais um dia normal de trabalho. O sol castigava, como de costume em julho, quando o entregador — cujo nome a família pediu para não divulgar ainda — parou a moto numa rua do Setor Bueno. Ninguém podia imaginar que aquela pausa rotineira terminaria em tragédia.
De repente, como um filme de terror real, um enxame de abelhas africanizadas surgiu do nada. Testemunhas contam que o homem tentou correr, mas já era tarde. Foram dezenas, talvez centenas de picadas. "Parecia uma cena de pesadelo", descreve uma moradora que preferiu não se identificar.
O socorro que não chegou a tempo
O SAMU foi acionado às pressas, mas quando a equipe chegou — coisa de 20 minutos depois — o entregador já não respondia. Os socorristas tentaram reanimá-lo ali mesmo na calçada, sob o olhar horrorizado de quem passava. Não adiantou. O ataque cardiorrespiratório foi fulminante.
"Essas abelhas são assassinas silenciosas", comenta um biólogo da região que pediu anonimato. "Nos últimos três anos, os casos aumentaram 40% no estado, mas ninguém fala sobre isso."
Risco invisível nas cidades
O que mais choca nessa história toda? O perigo tava ali, no meio da urbanização, escondido num detalhe que a gente nem nota no dia a dia. Abelhas urbanas viraram um problema sério — e pouca gente sabe como agir quando o enxame ataca.
A Defesa Civil alerta:
- Nunca bata ou grite perto de abelhas
- Se for atacado, corra em zigue-zague e procure abrigo
- Não tente remover colmeias por conta própria
Enquanto isso, a família do entregador se prepara para enterrar mais um trabalhador que saiu de casa pra ganhar o pão e não voltou. A empresa de entregas emitiu uma nota dizendo que "lamenta profundamente" o ocorrido. Mas, convenhamos, isso não traz ninguém de volta.