
Não é só no verão que a água vira uma ameaça. Em Santa Catarina, os Bombeiros Militar estão batendo na tecla: afogamento pode acontecer em qualquer época do ano. E olha que não é exagero — só nos últimos meses, já foram registrados casos que fizeram a ficha cair.
Parece que a galera acha que, sem o calorão de janeiro, não tem perigo. Grande engano. Rios, praias e até piscinas escondem armadilhas quando menos se espera. Correntezas traiçoeiras, buracos invisíveis e até o famoso "banho de canela" podem virar tragédia.
Os números que assustam
Os dados dos bombeiros mostram uma realidade dura: quase 40% dos afogamentos fatais no estado ocorrem fora da temporada. E sabe o que é pior? A maioria poderia ter sido evitada com dois dedos de prosa sobre cuidados básicos.
- Nunca entre sozinho em águas desconhecidas
- Evite áreas sem salva-vidas por perto
- Cuidado redobrado com crianças — elas se afogam em silêncio
- Álcool e água não combinam, nunca
E tem mais: aquela história de "eu sei nadar" engana. Atleta também se afoga, viu? O tenente Almeida, com 15 anos de experiência em resgate, conta que já viu de tudo: "A pessoa acha que domina o mar, mas quando vê, já está sendo arrastada. E aí? Natação não salva de correnteza."
O que fazer em caso de perigo?
- Mantenha a calma (difícil, mas crucial)
- Não lute contra a corrente — nade paralelo à praia
- Acene por ajuda sem gastar energia à toa
- Se vir alguém em apuros, chame os bombeiros (193) antes de agir
Ah, e não adianta achar que só o mar é perigoso. Piscinas de condomínio e até aquelas "inofensivas" represinhas de interior matam mais do que se imagina. O recado dos profissionais é claro: respeito pela água não tem temporada.
Pra fechar com chave de ouro: se tem uma coisa que os bombeiros cansam de repetir é que prevenção custa menos que resgate. Literalmente. Então, antes do mergulho, pense duas vezes — sua família agradece.