
Era para ser mais um dia de diversão no rio, mas acabou em luto. Uma garota de apenas 15 anos — cheia de sonhos e planos — não resistiu às correntezas traiçoeiras do Rio Ararandeua, em Goianésia do Pará, na tarde desta terça-feira (22).
Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais. Ela brincava com amigos nas águas aparentemente calmas quando, de repente, foi arrastada. Gritos. Desespero. Tentativas de resgate que, infelizmente, chegaram tarde.
O resgate que virou despedida
O Corpo de Bombeiros agiu rápido — isso ninguém pode negar. Chegaram em 20 minutos, mas o rio já havia feito o que faz de pior. Mergulhadores reviraram cada pedaço daquele trecho, até encontrarem o corpo da jovem, já sem vida.
"A gente faz o possível, mas às vezes a natureza é mais forte", confessou um dos socorristas, com a voz embargada. Não é a primeira vez que o Ararandeua cobra seu preço — e provavelmente não será a última.
Alerta ignorado?
Aqui vai o que me deixa com um nó na garganta: o local não tem sinalização de perigo. Nada. Zero. A prefeitura jura que coloca placas, mas os moradores riem (amargamente) quando ouvem isso. "Todo verão é a mesma história", resmunga Dona Maria, que vive há 40 anos às margens do rio.
Enquanto isso, a família da adolescente — cujo nome ainda não foi divulgado — prepara o enterro. Uma vida inteira pela frente, reduzida a um caixão branco. E você aí reclamando do calor ou da chuva...
PS: Se vai curtir um rio ou praia, fica o conselho (não solicitado, mas necessário): respeite as águas. Elas não perdoam.