
O que começou como um típico sábado de verão na Grande São Paulo rapidamente se transformou em um dia de tragédias repetidas. Três pessoas, em cidades diferentes, perderam a vida nas águas neste único dia 5 de outubro — um daqueles finais de semana que os bombeiros não esquecerão tão cedo.
Em Mogi das Cruzes, um homem de 63 anos foi encontrado sem vida no Rio Tietê, perto do Jardim Armênia. A notícia chegou por volta das 10h30 da manhã, mas a tragédia, suspeitam, aconteceu ainda na sexta-feira. Uma busca que começou na véspera só terminou com o pior desfecho possível.
O rio que parecia inofensivo
Mais tarde, por volta das 15h, em Franco da Rocha, outro homem — desta vez de 38 anos — se afogou no Rio Juqueri. Testemunhas contaram que ele estava com amigos quando decidiu entrar na água. O que parecia um momento de diversão se transformou em pânico em questão de minutos. Os bombeiros correram para o local, mas quando o encontraram, já era tarde demais.
E como se duas tragédias não fossem suficientes para um único dia, São Bernardo do Campo registrou o terceiro óleo por afogamento. Um idoso de 72 anos foi resgatado pelos bombeiros de uma piscina residencial no bairro Alves Dias. Apesar de todos os esforços de reanimação, ele não resistiu.
Números que assustam
Agora vem a parte que realmente preocupa: esse um dia fatal já reflete uma tendência assustadora para 2025. Os dados parciais deste ano — e estamos só em outubro, gente — já superaram todo o registro de 2024.
Parece inacreditável, mas é a pura verdade. O Corpo de Bombeiros já contabiliza mais operações de salvamento aquático este ano do que em todos os doze meses do ano passado. E olha que nem chegamos no verão oficial ainda!
"É como se as pessoas tivessem esquecido o respeito que a água exige", comentou um bombeiro que preferiu não se identificar. "Cada chamado que atendemos poderia ter sido evitado. São vidas que se vão por descuidos momentâneos."
Um alerta que não pode ser ignorado
Com a temperatura subindo e as férias se aproximando, especialistas em salvamento fazem um apelo que, francamente, não pode ser ignorado:
- Nunca nade sozinho — tenha sempre alguém por perto
- Evite áreas não sinalizadas para banho
- Respeite as placas de perigo e as orientações de salva-vidas
- Cuidado redobrado com crianças e idosos perto da água
- Álcool e água não combinam — ponto final
Três histórias, três famílias destruídas, tudo em apenas 24 horas. Enquanto escrevo estas linhas, não consigo evitar pensar no paradoxo cruel: dias bonitos de sol que se transformam nas piores lembranças para tantas pessoas. A água que refresca também pode afogar — e esses números de 2025 estão aí para provar que o perigo é mais real do que imaginamos.