
O governo de Israel anunciou nesta semana a maior expansão de assentamentos na Cisjordânia ocupada em mais de 30 anos. A medida autoriza a construção de mais de 3.000 novas unidades habitacionais em território palestino, em um movimento que promete acirrar ainda mais as tensões na região.
O que está por trás da decisão?
Segundo analistas, a aprovação dos novos assentamentos ocorre em um momento delicado das relações entre israelenses e palestinos. O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, conhecido por suas posições ultranacionalistas.
Entre os projetos aprovados estão:
- Expansão do assentamento de Maale Adumim, próximo a Jerusalém
- Novas construções em Kedar e Efrat, ao sul de Belém
- Unidades habitacionais em áreas estratégicas do Vale do Jordão
Reações internacionais
A decisão já recebeu críticas de vários países e organizações internacionais. A União Europeia classificou a medida como "contrária ao direito internacional", enquanto a ONU alertou para os riscos à paz regional.
Especialistas destacam que a expansão dos assentamentos:
- Dificulta a criação de um Estado palestino viável
- Fragmenta territórios palestinos
- Complica futuras negociações de paz
Contexto histórico
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais pela maioria da comunidade internacional, embora Israel dispute essa interpretação. Desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, mais de 600.000 israelenses se estabeleceram na região.
Esta última expansão ocorre em meio a um aumento da violência na Cisjordânia, onde confrontos entre colonos israelenses e palestinos se tornaram mais frequentes nos últimos meses.