
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) se reúne nesta quarta-feira (25) para julgar um dos casos mais polêmicos do ano: a suspeita de formação de cartel no mercado de combustíveis do Distrito Federal. Investigado desde 2022, o esquema teria envolvido postos de gasolina e distribuidoras, com indícios de manipulação de preços.
O que está em jogo?
Segundo a investigação, empresas do setor teriam atuado em conluio para elevar artificialmente os valores da gasolina, do diesel e do etanol. Prova disso seriam reuniões sigilosas e trocas de mensagens entre executivos, além de ajustes simultâneos nos preços.
Possíveis penalidades
Se comprovado o cartel, as penalidades podem incluir:
- Multas de até 20% do faturamento das empresas
- Obrigação de compensar consumidores
- Restrições a fusões e aquisições no setor
Especialistas alertam que a decisão do CADE pode criar um precedente para casos semelhantes em outros estados.
Impacto no bolso do consumidor
Durante o período investigado (2020-2022), moradores do DF chegaram a pagar até 15% a mais por litro de combustível em comparação com cidades vizinhas. "Isso corroeu o poder de compra das famílias", afirma o economista Carlos Ribeiro.
O julgamento ocorre em um momento sensível, com os preços dos combustíveis novamente em alta no país.