O Litoral Norte paulista ainda está se recuperando do verdadeiro pandemonio causado por ventos que chegaram a assustadores 110 km/h no último final de semana. Parecia cena de filme apocalíptico: telhados voando, árvores arrancadas pela raiz, postes caídos como palitos de fósforo.
Em Caraguatatuba — onde a situação foi mais crítica —, mais de 80 famílias tiveram que deixar suas casas às pressas. "Foi tudo muito rápido", conta Dona Marta, moradora do bairro Massaguaçu. "O barulho era de meter medo, parecia que a casa ia desmontar como um quebra-cabeça."
Efeitos da ventania
- Mais de 200 árvores caídas em toda a região
- 13 escolas com aulas suspensas por danos estruturais
- Queda de energia em bairros inteiros por mais de 24h
- Prejuízos estimados em R$ 3,5 milhões só em infraestrutura
Enquanto isso, em Ubatuba, a cena era de caos na orla. Quem passou pela Praia Grande viu quiosques virados do avesso, cadeiras e mesas voando como folhas secas. A Defesa Civil trabalhou no modo "bomba-relógio" — atendendo chamados a cada 5 minutos nos piores momentos da ventania.
O que dizem as autoridades?
O coordenador regional da Defesa Civil, João Carlos Almeida, foi direto: "Ainda temos pontos críticos, principalmente na zona rural. Algumas famílias perderam tudo — e não estou falando só de bens materiais, mas da sensação de segurança." A previsão é que os trabalhos de reconstrução levem pelo menos duas semanas.
Nas redes sociais, vídeos impressionantes viralizaram. Num deles, uma placa de rua de 50 kg vira um projétil, esmagando o parabrisas de um carro estacionado. Sortudo? O dono do veículo havia saído para comprar pão minutos antes. Coincidência ou milagre, cada um tira suas conclusões.
