
A terra tremeu com uma violência inacreditável no noroeste do Afeganistão. E, de repente, tudo virou pó. O que restou foram gritos, poeira e uma corrida desesperada contra o relógio — talvez o cenário mais angustiante que se possa imaginar.
O epicentro foi lá perto de Herat, uma região que já enfrenta dificuldades imensas. E agora isso. O tal tremor, de 6.8 na escala Richter, não deu chance para ninguém. Prédios simplesmente desabaram como se fossem de papel, soterrando famílias inteiras, sonhos, histórias.
O balanço é de cortar o coração: mais de 2.400 mortos confirmados. Mas, cá entre nós, todo mundo sabe que o número final pode ser muito, muito maior. E são mais de 2.000 feridos — muitos em estado gravíssimo, lutando pela vida em hospitais que mal conseguem funcionar.
Uma Operação de Resgate Quase Impossível
Você já parou para pensar no que é tentar salvar alguém sem equipamento adequado? Pois é. As equipes de resgate estão lá, cavando com as próprias mãos, movidas por uma esperança teimosa que teima em não morrer. A poeira ainda não baixou completamente, o que torna tudo ainda mais difícil — e perigoso.
E não é só isso. Estradas destruídas, comunicações que vão e voltam, e a simples geografia do local complicam ainda mais a chegada de ajuda. É um daqueles casos em que a natureza parece ter virado totalmente contra o homem.
Solidariedade em Meio ao Caos
Mas nem tudo é notícia ruim. Apesar de toda a tragédia, o mundo não ficou parado. Vários países e organizações já estão mandando ajuda — tendas, cobertores, remédios, comida. Tudo é pouco, mas tudo é urgente. A ONU já deu o alarme e está mobilizando esforços, mas a verdade é que a necessidade no terreno é avassaladora.
O inverno se aproxima por lá, e a ideia de sobreviventes dormindo ao relento, sem abrigo, é de partir qualquer um ao meio. A crise humanitária, que já era profunda no Afeganistão, acaba de entrar em um novo capítulo, triste e sombrio.
Enquanto isso, as equipes não param. Enquanto houver uma chance, por mais mínima que seja, de encontrar alguém com vida debaixo daqueles escombros, elas vão continuar. É uma questão de humanidade. É o que nos resta.