
O chão voltou a tremer com força nesta quarta-feira, e não foi pouco. Um abalo sísmico considerável, medido em 6.2 de magnitude pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), teve o seu epicentro localizado a cerca de 31 quilômetros da pequena cidade de Carúpano, no nordeste da Venezuela. A profundidade? Algo em torno de 15 km – não muito fundo, o que explica a intensidade com que foi percebido.
E olha, a coisa não ficou por lá não. Do outro lado da fronteira, os colombianos sentiram a casa balançar. Relatos de moradores nas redes sociais – aquela enxurrada de informações que sempre surge nesses momentos – confirmaram que o tremor foi perceptível em cidades como Cúcuta e até mesmo na capital, Bogotá, que fica a uma distância considerável. Parece que a terra não escolhe fronteiras políticas para dar os seus avisos, não é mesmo?
E aí, deu problema?
Essa é sempre a pergunta que fica no ar, o temor que corrói. Até onde se sabe, a resposta é um alívio cauteloso. As autoridades locais, ainda que em estado de atenção, não reportaram nenhuma tragédia maior: nem vítimas fatais, nem aqueles cenários de destruição que assombram qualquer um. Claro, o susto foi grande, e alguns relatos falam de pequenos danos materiais, coisas do tipo – talvez um objeto quebrado, uma rachadura num muro mais antigo. Mas, pelo amor de Deus, poderia ter sido infinitamente pior.
É curioso como um evento desses, que dura meros segundos, é capaz de paralisar uma rotina inteira e jogar uma ansiedade no ar que demora para dissipar.
Por que isso acontece?
Bom, para quem não é da área, a região norte da Venezuela e a fronteira com a Colômbia simplesmente vivem sobre uma zona de encontro de placas tectônicas. É aquela velha história: a Placa do Caribe e a Placa Sul-Americana estão sempre se encontrando, se pressionando… e, vez ou outra, essa energia acumulada precisa escapar. O resultado? Um terremoto. É a geologia mostrando a sua força, um lembrete poderoso – e um tanto assustador – de que o planeta é dinâmico, vivo.
Os especialistas seguem monitorando a área, claro. Réplicas são sempre uma possibilidade, embora de menor intensidade. A população, é claro, fica naquele fio da navalha, ouvindo cada barulho estranho. Quem já passou por um susto desses sabe que a sensação de vulnerabilidade é a pior parte.