
Parece que o mar resolveu tomar conta da cidade — e não foi de forma amigável. Nesta quarta-feira, 25 de setembro, a Avenida Niemeyer, aquela beira-mar espetacular que conecta São Conrado ao Leblon, simplesmente capitulou diante da fúria do oceano.
Quem passou por lá pela manhã se deparou com um cenário digno de filme: ondas que não contentes em quebrar na areia, pulavam o calçadão e invadiam as pistas, lançando spray salgado e pedras contra os carros. A CET-RIO, claro, não teve alternativa a não ser fechar tudo. E quando digo tudo, é tudo mesmo — tanto no sentido São Conrado-Leblon quanto no inverso.
Um problema que se repete
Quem mora no Rio sabe: a Niemeyer e o mar têm uma relação complicada. Dias de maré alta e ressaca são sempre um suspense. Desta vez, porém, a natureza veio com tudo. A Defesa Civil emitiu alertas, mas o poder das águas falou mais alto.
E olha, a previsão não é das melhores. Segundo os meteorologistas, essa agitação marítima deve continuar batendo na costa pelo menos até o começo da noite. A recomendação? Simples: evite a região. Sério, não tente ser herói.
E o trânsito, como fica?
Boa pergunta. Com a Niemeyer fechada, o caos se espalhou para as vias alternativas. O acesso ao Túnel Acústico, por exemplo, ficou complicadíssimo. Imagine o engarrafamento se formando como um efeito dominó — Jardim Oceânico, Túnel, Zona Sul toda sentindo o baque.
- Horário do fechamento: A interdição começou ainda no início da manhã.
- Alternativas: A saída é usar a Estrada da Gávea ou o acesso pela Barra, mas prepare-se para lentidão.
- Transporte público: Ônibus que circulam pela região estão seguindo itinerários alternativos. Melhor checar antes de sair de casa.
Parece exagero? Quem estava lá garante que não. "Já vi dias ruins, mas hoje a água chegou a atingir a pista mais alta", contou um motorista de aplicativo que preferiu não se identificar. "Dá medo, é muita força."
E agora, José?
A pergunta que fica é: até quando a cidade vai conviver com esses transtornos? Todo ano é a mesma história. Choveu? Alagou. Mar agitou? Interditou. É como se estivéssemos sempre reaprendendo a mesma lição, mas sem fazer a lição de casa.
Enquanto isso, o jeito é acompanhar as atualizações da CET-RIO e torcer para que o mar se acalme — porque, no fim das contas, contra a natureza, não há asfalto que resista.