
Em um cenário de dificuldades econômicas, uma professora de Belém enfrentou uma maratona de dois dias na fila para conseguir adquirir um botijão de gás a R$ 70 durante o Feirão do Imposto. O evento, que promovia preços mais acessíveis para produtos essenciais, atraiu centenas de pessoas em busca de alívio no orçamento doméstico.
A professora, que preferiu não se identificar, relatou que chegou ao local ainda na madrugada e precisou dormir na rua para garantir seu lugar na fila. "É desumano ter que passar por isso para comprar algo básico como gás de cozinha", desabafou.
Crise no abastecimento
A situação em Belém reflete uma crise no abastecimento de gás, agravada pelos altos preços e pela escassez do produto. Muitos moradores têm recorrido a alternativas como lenha ou carvão, o que aumenta os riscos de acidentes e problemas respiratórios.
Impacto no cotidiano
Além do desconforto, a espera interminável nas filas tem impactado a rotina de trabalho e a saúde dos paraenses. "Perdi um dia de aula porque não tinha como deixar a fila", contou a professora, destacando o dilema entre garantir o sustento da família e cumprir obrigações profissionais.
O Feirão do Imposto foi uma iniciativa do governo para amenizar os efeitos da alta dos preços, mas a demanda superou as expectativas, deixando muitas pessoas sem o produto ao final do evento.