
A tarde desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, em Belém, começou com a rotina normal de embarques, mas rapidamente se transformou em um cenário de apreensão e nervosismo à flor da pele. Tudo por causa de uma ligação anônima – daquelas que gelam a espinha de qualquer profissional da aviação – alertando para a possibilidade sinistra de um artefato explosivo a bordo de um avião da Azul.
O alvo específico era o voo AD-2671, que tinha como destino final o movimentado Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Imagine a cena: passageiros já acomodados, ansiosos pela viagem, quando de repente a operação é interrompida de forma brusca. Não foi um simples atraso por questões mecânicas ou climáticas. A ordem partiu da própria Infraero para que todos desembarcassem imediatamente.
E aí, é claro, o clima ficou pesado. A dúvida e a preocupação tomaram conta do saguão. O que estava acontecendo? A informação, ainda truncada, começou a circular entre os presentes, aumentando a sensação de insegurança.
Busca Minuciosa e a Longa Espera
Com a área isolada, chegou a hora da ação. A Polícia Federal, acionada de pronto, assumiu o comando das operações. Os peritos não mediram esforços para garantir que a aeronave estava, de fato, segura. Uma vistoria detalhada, milímetro a milímetro, foi realizada em cada cantinho do avião. Malas despachadas no porão? Revistadas. Cabine de passageiros e de comando? Examinadas com lupa.
Enquanto isso, do lado de fora, uma espera angustiante. Horas se passaram. Crianças inquietas, adultos tentando manter a calma e buscar informações – que eram poucas e chegavam gota a gota. A Azul, por sua vez, tentou amenizar o transtorno, oferecendo suporte aos passageiros afetados pelo cancelamento inesperado.
Finalmente, após uma busca exaustiva que se estendeu pela tarde, veio o alívio. A PF divulgou que não foi encontrado nenhum item suspeito na aeronave. A ameaça, felizmente, se mostrou infundada. Um susto enorme, mas que, ao menos, terminou sem maiores consequências físicas.
E Agora, José?
Com a aeronave liberada, o problema logístico ainda persistia. O voo simplesmente foi cancelado. A Azul agora tem a missão de remarcar a viagem de todos os passageiros e lidar com o abalo na confiança – afinal, um episódio desses mexe com qualquer um.
A grande pergunta que fica, e que a Polícia Federal certamente está tentando responder, é: quem fez a ligação e com que intenção? Investigações já foram abertas para apurar a origem da ameaça falsa, um crime grave que gera pânico e prejuízos consideráveis. Uma brincadeira de muito mau gosto, para dizer o mínimo.
O episódio serve como um alerta sobre como a segurança aeroportuária é levada a sério. O protocolo foi acionado rapidamente, mostrando que, diante de qualquer risco, por menor que pareça, a prioridade absoluta é a integridade das pessoas. Um dia que começou normal em Belém terminou com um lembrete incômodo sobre a vulnerabilidade dos nossos tempos.