Pânico a bordo: voo faz pouso de emergência em Brasília após ameaça de bomba — PF descarta risco
PF descarta bomba em voo que pousou de emergência em Brasília

Imagine a cena: você está tranquilo no seu assento, ouvindo música ou vendo um filme, quando de repente o comandante anuncia que o avião precisa fazer um pouso não programado. Foi exatamente o que aconteceu com os passageiros do voo G3 2036 da Gol, que saiu de São Paulo com destino a Porto Velho nesta sexta-feira (9).

Segundo informações apuradas, a aeronave teve que desviar sua rota e aterrissar às pressas no Aeroporto Internacional de Brasília — Juscelino Kubitschek. O motivo? Uma mensagem anônima recebida pela companhia aérea sugerindo a presença de um artefato explosivo a bordo.

Operação relâmpago da PF

Mal o avião tocou o solo, uma equipe da Polícia Federal especializada em situações de risco entrou em ação. Com cães farejadores e equipamentos de última geração, os agentes revistaram cada centímetro da aeronave. Detalhe curioso: os passageiros foram mantidos dentro do avião durante a operação, o que deve ter sido uma experiência e tanto.

"Achamos que seria algo rápido, mas ficamos quase duas horas esperando", contou um passageiro que preferiu não se identificar. "O pessoal da tripulação manteve a calma, mas dava pra ver no rosto de alguns que a situação era séria."

Falso alarme

Depois de uma varredura minuciosa — e de muito suor frio —, a PF emitiu um comunicado oficial descartando qualquer risco real. "Não foi encontrado nenhum objeto suspeito", afirmou o superintendente regional, acrescentando que a ameaça provavelmente partiu de algum "brincalhão de plantão".

Especialistas em aviação explicam que protocolos de segurança são acionados automaticamente nesses casos, mesmo quando há baixa probabilidade de veracidade. "Melhor pecar pelo excesso de cautela", filosofou um comandante aposentado ouvido pela reportagem.

E agora, José?

Enquanto a PF corre atrás do autor da ameaça (que, se pego, pode responder por crime de terrorismo), os passageiros tiveram que se virar para continuar a viagem. A Gol disponibilizou outro avião para levar todo mundo ao destino final, mas o clima já não era mais o mesmo.

"Depois de um susto desses, até voar de asa-delta parece mais seguro", brincou uma passageira, tentando aliviar o clima pesado. Já outro viajante não escondia o aborrecimento: "Perdi uma reunião importante por causa de um idiota que acha graça nesse tipo de coisa".

O episódio serve de alerta: fazer ameaças falsas a voos não é piada. Além de causar transtornos gigantescos, o autor pode pegar até 15 anos de cadeia. E convenhamos — no Brasil atual, isso é que é dar um tiro no próprio pé.