
Não é todo dia que o Brasil para para pensar no futuro dos céus. Mas essa semana, Curitiba virou o epicentro de um debate que pode mudar como voamos — literalmente.
De repente, a capital paranaense transformou-se no palco de um encontro que reuniu desde executivos de companhias aéreas até técnicos do governo, todos com um objetivo: traçar os rumos da aviação nacional nos próximos anos. E olha, não foi só conversa fiada.
O que está em jogo?
Imagine um setor que movimenta bilhões, emprega milhares e — vamos combinar — ainda é visto como 'coisa de rico' por muita gente. Pois é, esse encontro em Curitiba botou o dedo na ferida: como tornar a aviação mais acessível, segura e sustentável?
Os debates esquentaram quando o assunto foi:
- Tecnologia: Drones, combustíveis alternativos e até aquelas ideias malucas de táxi aéreo urbano
- Infraestrutura: Aeroportos pequenos sofrendo, grandes congestionados — cadê o meio termo?
- Mão de obra: Faltam pilotos? Faltam mecânicos? Ou faltam oportunidades?
Um participante, que preferiu não se identificar, soltou a pérola: 'A gente discute o futuro, mas ainda usa sistemas do século passado'. Duro, né?
O lado humano da equação
Enquanto os números e projeções dominavam as apresentações formais, nos corredores o papo era outro. Conversando com um comissário de bordo veterano, ele confessou: 'Ninguém fala dos profissionais que estão esgotados. A pandemia passou, mas o estresse ficou'.
E não é que ele tem razão? Por trás de toda tecnologia e regulamentação, tem gente — muita gente — que faz a aviação acontecer no dia a dia.
E agora, José?
O evento terminou com mais perguntas que respostas (como todo bom debate estratégico deveria). Algumas conclusões, porém, ficaram claras:
- O Brasil precisa urgentemente atualizar sua legislação aérea — tá defasada em uns 20 anos, no mínimo
- Sustentabilidade não é mais opção; é condição para sobreviver no mercado
- A recuperação pós-pandemia veio, mas trouxe desafios novos (e alguns velhos conhecidos)
Curitiba, que já é referência em urbanismo, mostrou que também tem cacife para abrigar discussões complexas como essa. Resta saber se as ideias debatidas ali vão sair do papel — ou se vão ficar só no blá-blá-blá de sempre.
Uma coisa é certa: o setor aéreo brasileiro está num momento decisivo. E, pelo visto, não vai ser voando na maionese que a gente resolve essa.