O mundo da arquitetura acordou mais cinza nesta quinta-feira. E olha que não foi por falta de luz natural, um elemento que o arquiteto Richard Joy tanto prezava. Uma notícia dura, daquelas que a gente espera nunca ter que dar: Rick Joy, um nome gigante – talvez um dos cinco mais importantes da arquitetura contemporânea, para ser sincero – morreu em um acidente de avião no Brasil.
O fato aconteceu em Sonora, uma cidade no coração do Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada pela própria Prefeitura Municipal, que emitiu uma nota oficial. Detalhes? Ainda são escassos, como costuma ser nessas horas de caos. Sabe-se que a aeronave, um monomotor, caiu na zona rural. Apenas Joy estava a bordo. Uma fatalidade que interrompeu de forma abrupta uma carreira brilhante.
Quem era Rick Joy, o gênio por trás das formas
Nascido no Maine, nos Estados Unidos, ele não era um arquiteto qualquer. Joy tinha um jeito único, quase poético, de trabalhar a terra e a luz. Seus projetos, majoritariamente no deserto do Arizona, eram celebrados internacionalmente. A revista *Time* já o havia colocado no seleto grupo das maiores mentes da arquitetura global. Não era para menos.
Ele era daqueles profissionais que fugiam do óbvio. Em vez de arranha-céus de vidro, optava por materiais brutos, pesados, como a terra batida e o concreto. Suas casas pareciam brotar do chão, uma extensão natural da paisagem. Uma filosofia que beirava o espiritual. "A arquitetura", ele costumava dizer, "precisa conversar com o lugar, não gritar por atenção".
Que ironia do destino, não? Um homem que construía raízes tão profundas com a terra partir justamente do céu.
O que se sabe sobre o acidente
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 16h (horário local) desta quinta-feira. O local do acidente é de difícil acesso, o que complicou os trabalhos de resgate. Quando as equipes chegaram, não havia mais o que fazer. A queda foi fatal.
Agora, as investigações começam. A Polícia Civil já abriu um inquérito para apurar as causas exatas da tragédia. Seria um problema mecânico? Uma condição climática adversa? São perguntas que ainda ecoam sem resposta. O que fica, por enquanto, é o silêncio e a consternação.
O consulado americano em São Paulo já foi notificado e deve prestar todo o suporte necessário à família. Uma família que, de repente, vê o mundo desmoronar.
Richard Joy deixa um legado que vai muito além de paredes e telhados. Ele deixa uma lição sobre sensibilidade, sobre como habitar o mundo com mais respeito e beleza. E o Brasil, mesmo que de forma trágica, entra para sempre na história desse mestre.
