Rua Vira Rio em Nova Iguaçu: Tubulação Estoura e Inunda Residências em Cena de Caos
Tubulação estoura e inunda casas em Nova Iguaçu

Foi um susto dos grandes para os moradores da Rua Doutor Mário Guimarães, no bairro da Prata. Nesta sexta-feira, por volta das 8h da manhã, o que deveria ser uma rotina tranquila se transformou em cena de filme de ação. Um barulho ensurdecedor, seguido por uma torrente de água que simplesmente não dava trégua.

A tubulação mestre da Cedae, aquela que abastece meio bairro, simplesmente não aguentou a pressão e decidiu se romper. E quando digo romper, foi algo avassalador. A água jorrou com uma força descomunal, arrancando parte do asfalto e criando uma cratera que dava medo de olhar. Quem passava por lá na hora do estouro disse que parecia um pequeno terremoto.

Água Invade Tudo: O Desespero dos Moradores

E aí, claro, a água teve que ir para algum lugar. E foi direto para dentro das casas mais baixas. A dona de casa Maria Silva, que prefere não dar o nome completo, contou que estava começando a arrumar a cozinha quando viu a água entrando pela porta dos fundos. "Num foi nem um minuto, era água limpa, mas com uma força... Encheu a sala toda, subiu quase até o joelho. A gente tentou colocar panos, mas era inútil. Parecia uma cachoeira dentro de casa", desabafou, ainda visivelmente abalada.

Os bombeiros foram acionados às pressas. Chegaram e, de cara, entenderam a gravidade. A primeira medida foi fechar o registro geral da rua, um trabalho que levou quase meia hora – tempo suficiente para a água fazer ainda mais estragos. Enquanto isso, equipes da Cedae também corriam para o local, tentando conter o prejuízo.

Além do Prejuízo Imediato: A Falta d'Água e a Indignação

O problema, como sempre, não para na enchente. Com o registro fechado para reparos, todo o bairro da Prata e arredores ficaram sem abastecimento de água. A previsão da Cedae? Ah, a famosa "previsão de retorno ainda não foi estabelecida". Traduzindo: ninguém sabe ao certo quando a água vai voltar.

E isso gera uma revolução silenciosa. "É sempre a mesma história", reclama o aposentado João, que mora há 40 anos na região. "A tubulação é antiga, a gente sabe. Já teve vários vazamentos menores, mas uma explosão dessas... É um descaso. Agora a gente fica com casa alagada e sem água para limpar a bagunça. É o cúmulo do absurdo."

Os prejuízos materiais ainda estão sendo contados. Móveis, eletrodomésticos, documentos... a água não perdoou nada. A Defesa Civil foi chamada para fazer uma vistoria e avaliar os danos nas estruturas das casas. Há receio de que a fundação de algumas residências mais antigas possa ter sido afetada pela força da água.

Enquanto as equipes trabalham no reparo – que promete ser demorado –, a Rua Doutor Mário Guimarães continua interditada. Um cenário de guerra, com asfalto destruído, lama e a frustração estampada no rosto de quem viu seu patrimônio ser levado, literalmente, pela correnteza.