Numa tarde que parecia comum em Indiaporã, o impensável aconteceu. Dona Maria (nome fictício), uma senhora de 58 anos conhecida por seu cuidado com o jardim, resolveu enfrentar sozinha a poda dos galhos altos da mangueira no quintal. Quem diria que essa decisão rotineira terminaria em tragédia?
Por volta das 15h30 desta sexta-feira (9), segundo relatos dos vizinhos, ela subiu numa escada de alumínio — daquelas comuns, de 7 degraus — sem pedir ajuda. "A gente ouviu um barulho seco, diferente", conta a vizinha de frente, que preferiu não se identificar. "Quando chegamos, ela já estava caída, sem reação."
Detalhes que impressionam
Os bombeiros chegaram em 12 minutos — tempo recorde para a região rural. Mas já era tarde. Aparentemente, um dos galhos mais grossos cedeu de repente, fazendo com que Maria perdesse o equilíbrio. A queda, de quase 4 metros de altura, foi fatal.
O que mais choca os moradores:
- A vítima era experiente nesse tipo de trabalho
- O dia estava seco, sem ventania
- Ela costumava ser extremamente cuidadosa
"Isso mostra como acidentes domésticos são traiçoeiros", comenta o sargento Silva, do Corpo de Bombeiros. "Um segundo de distração, e..." Sua voz some, deixando a frase inconclusiva — mas a mensagem é clara.
Lições dolorosas
Especialistas em segurança apontam três erros cruciais no ocorrido:
- Ausência de equipamentos: Nenhum cinto de segurança ou capacete
- Trabalho solitário: Sem ninguém para socorrer ou estabilizar a escada
- Subestimou o risco: Galhos pesados exigem profissionais qualificados
O caso reacendeu o debate sobre conscientização de riscos em atividades aparentemente simples. Afinal, quantas vezes já não subimos numa cadeira instável para trocar uma lâmpada? Ou nos esticamos além do limite para alcançar algo no alto?
Enquanto isso, Indiaporã chora a perda. Maria deixou dois filhos adultos e três netos. "Era aquela vizinha que sempre trazia um pedaço de bolo", lembra emocionada Dona Marta, da vendinha da esquina. O velório acontece neste sábado (10), na capela local.
