
Era para ser mais uma tarde comum no transporte coletivo de Uberlândia. Mas o que aconteceu na Avenida Rondon Pacheco, por volta das 14h30 deste domingo (6), foi qualquer coisa menos rotineiro.
De repente — sem aviso, sem cerimônia — o chão simplesmente abriu. Um barulho seco, aquele estalo que parece sair de um filme de terror, e o asfalto simplesmente desapareceu sob as rodas dianteiras do ônibus.
O veículo, que fazia linha regular, afundou dramaticamente na cratera que se formou instantaneamente. A cena era surreal: a parte frontal do coletivo literalmente engolida pela rua, inclinada num ângulo que dava vertigem.
Milagre em plena segunda-feira
O que poderia ter sido uma tragédia de grandes proporções, felizmente, não passou de um susto colossal. O motorista — que deve ter tido um dos piores momentos da sua carreira — conseguiu manter a calma e garantir que todos saíssem ilesos.
Não houve feridos. Nem arranhões. Apenas aquela sensação de "uau, isso realmente acabou de acontecer?" que fica ecoando na cabeça horas depois.
Testemunhas relataram à Polícia Militar que o buraco surgiu do nada. Uma coisa é ver um remendo mal feito na pista, outra completamente diferente é testemunhar o solo simplesmente desmoronar sob um veículo de várias toneladas.
E agora, José?
O Corpo de Bombeiros apareceu rapidamente no local, mas — pasmem — não precisou fazer nenhum resgate dramático. A situação estava sob controle, se é que se pode dizer isso quando um ônibus está parcialmente enterrado no asfalto.
Agora, a pergunta que não quer calar: como é que uma via arterial importante simplesmente abre assim, do nada? A Rondon Pacheco é uma daquelas avenidas que sempre está cheia de movimento, com carros, pedestres, vida urbana pulsante.
O trânsito, claro, ficou um caos. Quem precisava passar pelo trecho entre a Avenida Vasconcelos Costa e a Rua João Pinheiro teve que buscar rotas alternativas — e sabemos como isso é divertido numa cidade que já sofre com o tráfego intenso.
Enquanto isso, o ônibus — pobre coitado — continua lá, meio enterrado, meio na superfície, esperando por um guindaste que tenha coragem de enfrentar aquela situação complicada.
O que fica disso tudo?
Incidentes como esse servem como um alerta. Um lembrete meio assustador de que a infraestrutura urbana que a gente tanto depende pode, literalmente, desmoronar sob nossos pés — ou sob nossas rodas.
Uberlândia cresceu rápido, muito rápido. E às vezes a gente se pergunta se a manutenção das vias públicas conseguiu acompanhar todo esse desenvolvimento acelerado.
Por hoje, o saldo foi positivo — ninguém se machucou. Mas dá um frio na espinha pensar que poderia ter sido diferente. Bem diferente.