
Imagine um prédio tão decadente que até o vento parece evitá-lo. É exatamente o caso da antiga rodoviária de Florianópolis — um elefante branco que virou sinônimo de perigo. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) não só levantou a bandeira vermelha como deu um ultimato: "Destruam isso antes que desabe sozinho!"
Estrutura em Colapso: Um Tique-Taque Perigoso
Laudos técnicos não mentem — e os da Defesa Civil são assustadores. Fissuras que parecem cicatrizes de terremoto, ferrugem comendo vigas como cupim e, pasmem, áreas onde o concreto simplesmente virou pó. "Não é questão de SE vai cair, mas QUANDO", resumiu um perito que preferiu não ser identificado.
E olha que ironia: o local que já recebeu milhares de viajantes agora é tão perigoso que até os moradores de rua evitam se abrigar ali. Dá pra acreditar?
O Jogo Político Atrás dos Escombros
Enquanto isso, a prefeitura — que há anos promete requalificar o espaço — parece jogar um jogo de empurra-empurra com o governo estadual. "É como ver dois bêbados discutindo quem paga a conta enquanto o bar pega fogo", brincou (sem graça) um comerciante da região.
- 2015: Primeiros alertas sobre riscos estruturais
- 2019: Projeto de revitalização engavetado
- 2023: Defesa Civil interdita o prédio
- 2025: MPSC perde a paciência e entra na Justiça
E no meio dessa novela, sabe quem paga o pato? Os pedestres que ainda circulam por ali, sem saber que podem levar uma chuva de entulho na cabeça a qualquer momento.
E Agora, José?
O MPSC não só quer o prédio no chão como exige um plano emergencial para isolar a área — algo que deveria ter sido feito ontem. "É inacreditável que uma cidade turística como Floripa conviva com esse cenário de filme-catástrofe", disparou o promotor responsável pelo caso.
Enquanto a máquina pública debate quem paga a conta, a antiga rodoviária continua lá: um monumento à negligência, um risco ambulante no coração da cidade. Resta saber se a demolição virá por decisão judicial... ou pela ação implacável do tempo.