Imagine acordar com o cheiro de fumaça e descobrir que sua casa está em chamas. Foi exatamente o pesadelo que uma família de Santos viveu no início de agosto. O mais impressionante? O incêndio começou por uma brincadeira inocente — mas que quase terminou em tragédia.
A irmã mais velha, que não teve o nome divulgado, estava mexendo com isqueiros no quarto quando, sem querer, ateou fogo em cortinas. Em questão de minutos, o fogo se alastrou como rastilho de pólvora. O caçula, de apenas 7 anos, ficou preso no local.
Duas semanas de angústia
Os bombeiros chegaram rápido — mas não rápido o suficiente para evitar que o garotinho sofresse queimaduras de segundo grau. "Parecia um boneco de piche", desabafou a mãe, ainda visivelmente abalada. "Nunca vou esquecer o grito dele."
Na UTI do Hospital Municipal de Santos, os médicos trabalharam contra o relógio. Enquanto isso, a irmã adolescente vivia seu próprio inferno particular — a culpa a consumia viva. "Ela não comia, não dormia... só chorava", contou uma vizinha.
O milagre da recuperação
Contra todas as expectativas — e depois de três cirurgias — o pequeno guerreiro começou a responder ao tratamento. Os enfermeiros diziam que ele tinha "a resistência de um touro". Na quarta-feira (6), veio a notícia que todos esperavam: alta da UTI!
"É como se tivéssemos ganhado na loteria", disse o pai, com lágrimas nos olhos. "Mas a gente sabe que a jornada ainda é longa."
Agora, a família se prepara para os desafios da reabilitação. E a irmã? Aprendeu da pior maneira possível que brincadeira tem hora e lugar. A casa, parcialmente destruída, vai precisar de reformas — mas o importante, como dizem os vizinhos, "é que o coração da família continua batendo".
