
Imagine conviver diariamente com montanhas de lixo tão altas que quase escondem o sol? Pois essa era a realidade aterrorizante dos moradores do Perpétuo Socorro, em Macapá, até esta quinta-feira (22).
Uma operação de guerra — porque não dá pra chamar de outra coisa — mobilizou máquinas, caminhões e uma equipe determinada da Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (SEMUR). O alvo? Quarenta toneladas de detritos que se acumularam em áreas públicas, virando um criadouro perigoso para doenças e um risco ambiental de proporções alarmantes.
Um problema que vai além da sujeira
Não é só sobre a vista feia ou o cheiro insuportável, embora isso já fosse mais do que suficiente. A situação no Perpétuo Socorro havia atingido um nível crítico de ameaça à saúde pública. O secretário municipal de Manutenção Urbanística, Frank Ribeiro, não mediu palavras ao descrever o cenário: “Além do aspecto visual desagradável, essa acumulação representa um perigo real”.
E os perigos são concretos: risco de proliferação do mosquito da dengue, contaminação do solo, atração de animais peçonhentos e, claro, o desconforto diário de quem tem que passar por aquilo todo santo dia.
Como uma operação dessa magnitude funciona?
Bom, não é simplesmente chegar e recolher. A ação foi minuciosamente planejada. Primeiro, veio a fase de avaliação — identificar os pontos críticos e dimensionar o problema. Depois, a mobilização de recursos: caminhões basculantes, escavadeiras hidráulicas e uma equipe de profissionais equipados.
- Fase 1: Remoção dos resíduos volumosos (móveis velhos, eletrodomésticos, entulho)
- Fase 2: Varrição e limpeza fina das vias públicas
- Fase 3: Transporte adequado para o destino final ambientalmente correto
O trabalho é hercúleo, cansativo, mas essencial. E olha, forty toneladas de lixo não some como mágica — é suor, planejamento e muito trabalho braçal.
E agora, o que esperar?
A prefeitura garante que a ação não para por aí. A ideia é que esta intervenção seja a semente para um programa de manutenção contínua. Afinal, de nada adianta fazer uma megaoperação e, em duas semanas, o lixo voltar a se acumular por falta de cuidado ou de alternativas para a população.
Frank Ribeiro deixou claro: “A população pode — e deve — colaborar”. Como? Descarte correto, evitando jogar lixo em terrenos baldios e denunciando quem insiste em sujar a cidade. No fim das contas, a cidade é espelho de quem vive nela. Manter Macapá limpa é dever de todos, mas certamente começa com ações decisivas do poder público como esta.