
Era para ser mais um dia normal na Base Operacional da Polícia Rodoviária Federal, mas o que aconteceu na manhã desta segunda-feira foi tudo, menos normal. Um fogo que começou discreto, lá pelas margens da Via Dutra, resolveu fazer uma visita indesejada - e das grandes.
Parece que o mato seco da região, castigado por semanas sem uma gota de chuva decente, virou combustível perfeito para as chamas. E que chamas! Em questão de minutos, o que era uma fumaça tímida se transformou num inferno de verdade.
O terror na base
Os primeiros a perceberem a encrenca foram os próprios policiais. De repente, aquele cheiro característico de queimada começou a ficar forte demais. Quando se deram conta, as chamas já estavam batendo à porta - literalmente.
E o pior: o fogo resolveu fazer estrago no que havia de mais valioso. As viaturas, aquelas que todo dia saem para patrulhar a rodovia mais movimentada do país, viraram alvo fácil. Viraram cinza. É de cortar o coração ver o instrumento de trabalho sendo consumido pelas chamas.
Corrida contra o tempo
Os bombeiros chegaram como heróis, mas enfrentaram uma batalha das bravas. A fumaça era tanta que dava para ver de quilômetros de distância - quem passava pela Dutra nem acreditava no que via. Pensa na cena: caminhões de bombeiro, gritos, correria, e aquela sensação de impotência diante do fogo descontrolado.
O que me deixa pensativo é como uma coisa dessas acontece tão rápido. Um descuido mínimo, uma bituca de cigarro mal apagada, ou quem sabe até o calor excessivo nos transformadores - as causas ainda são um mistério, mas o estrago está ali, escancarado.
E agora, José?
A pergunta que fica é: como fica a segurança na Dutra? Com parte da frota da PRF reduzida a cinzas, a operação normal da rodovia fica comprometida. É aquela velha história - quando você mais precisa, descobre que os recursos sumiram.
Mas sabe o que é pior? Isso não é caso isolado. Todo ano, quando a seca aperta, a história se repete. O mato seco vira um barril de pólvora, esperando apenas uma faísca para explodir. E nós, brasileiros, vamos aprendendo da pior maneira possível que prevenir é sempre melhor - e mais barato - que remediar.
Enquanto isso, os policiais seguem contando os prejuízos e se preparando para o pós-incêndio. Porque depois que o fogo apaga, começa outra batalha: a de reconstruir o que as chamas levaram.