
Não era o tipo de fogueira que alguém gostaria de ver num museu. Por volta das 9h30 desta segunda-feira, as chamas começaram a devorar a vegetação seca nos arredores do Museu Vivo da Memória Candanga, na Candangolândia — e o espetáculo foi mais trágico que cultural.
Testemunhas relataram que o fogo se alastrou rápido feito rastilho de pólvora, alimentado pelo vento e pela vegetação ressecada. "Parecia um filme de terror", contou um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "A fumaça subia tão densa que dava pra ver de vários pontos da cidade."
Corrida contra o tempo
Os bombeiros chegaram em 15 minutos — tempo recorde pra quem conhece o trânsito caótico da região. Dois caminhões pipa e uma equipe de terra trabalharam quase duas horas pra domar o que o vento ajudou a espalhar.
- Área atingida: aproximadamente 1 hectare (quase um campo de futebol)
- Causa: ainda desconhecida, mas suspeita-se de ação humana
- Danos: vegetação nativa do cerrado destruída
O museu, que guarda a história da construção de Brasília, ficou ileso — mas não imune ao susto. "É como ver um pedaço da memória da cidade virar cinzas", lamentou uma funcionária, esfregando os olhos irritados pela fumaça.
O que se perdeu?
Além das plantas nativas — algumas raras —, o fogo pode ter afugentado ou até matado animais silvestres que viviam no local. Biólogos já estão no local pra avaliar os estragos, mas adiantam: a natureza leva anos pra se recuperar de um baque desses.
Enquanto isso, a Defesa Civil emitiu alerta pra região: com o tempo seco e as temperaturas altas, qualquer faísca pode virar tragédia. E olha que agosto mal começou...