
Não foi um dia qualquer em Pouso Alegre. Por volta das primeiras horas da manhã, o bairro São João acordou com um cenário de pesadelo — labaredas engolindo uma casa simples, fumaça espessa cortando o ar, e os gritos desesperados de vizinhos tentando ajudar. Quando os bombeiros chegaram, já era tarde demais.
Dentro da residência, um homem — ainda não identificado oficialmente — foi encontrado sem vida. Os socorristas, com aquela cara de quem já viu coisa demais, tentaram reanimá-lo, mas nada feito. O fogo, esse maldito fogo, não deixou chance.
O que se sabe até agora?
Segundo testemunhas (e olha que nessas horas todo mundo vira especialista), o incêndio começou de repente. Alguns falam em curto-circuito, outros em vazamento de gás — a verdade é que ninguém sabe ao certo. A casa, que antes abrigava histórias e memórias, virou cinza em questão de minutos.
Os bombeiros trabalharam como podiam, mas o fogo é traiçoeiro. Quando acham que controlaram num canto, ele resurge em outro. E no meio disso tudo, uma vida perdida. A polícia já está no local, tentando entender o que de fato aconteceu. Será acidente? Negligência? Algo pior?
O que dizem as autoridades
O tenente responsável pelo caso — cara fechada, voz grave — limitou-se a dizer que "todos os esforços foram feitos". Aquela frase pronta que não conforta ninguém. O corpo foi encaminhado para o IML, e a perícia vai tentar descobrir as causas exatas da morte. Enquanto isso, os vizinhos ficam ali, em frente aos escombros, comentando em voz baixa.
Pouso Alegre não é cidade grande, mas tem seus dramas. E hoje, infelizmente, o drama veio com gosto amargo. Resta saber: quantas tragédias como essa precisam acontecer até que alguém tome uma atitude? As casas da região são seguras? A fiscalização funciona? Perguntas que, como sempre, ficam no ar — assim como a fumaça que ainda pairou sobre o São João por horas.