Pânico nas Quadras: Botão de Emergência Vira Arma Secreta Contra Assaltos em Ginásios de Futsal
Botão de pânico em ginásios divide opiniões em Brusque

Imagine isso: você tá lá, no meio daquele jogo acirrado de futsal, suando a camisa e com o coração na boca. De repente, a porta do ginásio estoura e entra um grupo armado. O que diabos você faria? Pois é, essa cena de pesadelo virou realidade tantas vezes em Brusque que alguém finalmente decidiu botar panos quentes – ou melhor, botões de emergência.

Parece coisa de filme de ação, mas a prefeitura local instalou esses dispositivos em três ginásios da cidade. A ideia é simplesmente genial na teoria: apertou o botão, chega reforço policial em tempo recorde. Só que na prática... bem, a coisa complica um pouco.

Como funciona essa mágica toda?

Os tais botões não são exatamente novidade – shopping centers e bancos já usam há tempos. Mas em ginásios públicos? Isso sim é inédito na região. E olha que curioso: quando acionados, eles disparam um alerta direto para a Central de Monitoramento da Guarda Municipal. Em tese, em poucos minutos – dizem que menos de três – as viaturas já estariam a caminho.

Mas cá entre nós: três minutos podem ser uma eternidade quando você tá encarando o cano de uma arma. Não é mesmo?

Os prós e contras dessa jogada

Do lado positivo, é inegável que a medida traz um certo alívio. Os frequentadores dos ginásios Carlos Probst, do bairro Águas Claras, e os das comunidades do Limoeiro e do Cedro Alto finalmente sentem que têm algum controle sobre situações de risco. Afinal, só neste ano já rolou assalto pra todo lado nesses locais.

Mas tem um porém – e não é pequeno. A Guarda Municipal simplesmente não funciona 24 horas por dia. Se o crime acontecer de madrugada ou nos finais de semana, o botão vira basicamente um enfeite caro. E aí, me diz: vale o investimento?

Os próprios guardas municipais tão com a pulga atrás da orelha. Eles reconhecem a importância da medida, mas sabem que não são super-heróis. Sem plantão permanente, fica complicado garantir essa segurança toda que prometem.

E o que acham os verdadeiros protagonistas?

Conversando com atletas e frequentadores dos ginásios, a opinião é... bem, dividida. Tem quem ache fantástico ter essa opção de emergência. Outros torcem o nariz, dizendo que é só uma medida paliativa – como enxugar gelo, sabe?

«Melhor que nada», me disse um senhor que joga futsal três vezes por semana. «Mas o ideal mesmo seria ter policiamento constante. Botão é reação, não prevenção.»

E ele tem um ponto, não tem? Prevenir sempre foi melhor que remediar, especialmente quando se trata da segurança das pessoas.

E agora, José?

A verdade é que Brusque tá tentando encontrar soluções para um problema que assola todo o país. Ginásios esportivos, que deveriam ser santuários do lazer e do bem-estar, viraram alvo fácil da criminalidade.

Os botões de pânico são um passo interessante, sem dúvida. Mostram que o poder público tá pelo menos tentando alguma coisa. Mas será que é suficiente? Ou precisamos pensar em medidas mais ousadas – e, principalmente, mais eficazes?

O tempo vai dizer. Enquanto isso, os frequentadores dos ginásios seguem na torcida – não só pelos seus times, mas por que esses botões nunca precisem ser usados de verdade.

Porque no fundo, todo mundo sabe: o melhor jogo é aquele que termina sem sustos, sem traumas e, principalmente, sem precisar apertar botão de emergência algum.