
Imagine acordar com o cheiro de fumaça e perceber que não há saída. Foi exatamente o pesadelo que um casal e seu bebê viveram nesta madrugada em Florianópolis. O fogo — que começou no térreo do prédio — subiu rápido como um raio, deixando a família encurralada na varanda do 3º andar.
Os bombeiros chegaram em 8 minutos (um recorde, diga-se), mas cada segundo parecia uma eternidade. A mãe, segurando a criança de colo, gritava por ajuda enquanto as chamas lambiam a porta do apartamento. O pai, tentando manter a calma, improvisou uma máscara com camisetas molhadas — dessas que a gente só vê em filme, mas que salvou vidas hoje.
O resgate que parou a cidade
Quando a escada magirus finalmente alcançou a varanda, a cena era digna de cinema: o bebê de 8 meses foi içado primeiro, envolto num cobertor azul — aquele típico de vó, sabe? Depois, os pais desceram ainda tremendo, com as pernas bambas de adrenalina.
Curiosidade macabra: o incêndio começou num depósito de materiais de limpeza. Segundo um vizinho que pediu pra não ser identificado, "cheirava a química forte desde ontem". Será que dava pra evitar? Difícil dizer, mas o caso vai virar certamente mais um capítulo no livro negro da falta de manutenção predial na ilha.
E agora?
O prédio — um daqueles antigos cheios de "jeitinhos" na elétrica — ficou interditado. As 12 famílias desabrigadas foram pra casa de parentes ou abrigos municipais. O prefeito já prometeu vistoria em edifícios vizinhos, mas todo mundo sabe como são essas promessas depois que a poeira baixa...
O bebê e os pais passam bem, só com leve intoxicação por fumaça. Sortudos? Com certeza. Mas também um alerta: na hora do desespero, foi a vizinha do 2º andar que avisou os bombeiros. Moral da história: conheça seus vizinhos — um dia, eles podem salvar sua vida.