
Nada como começar a manhã com um susto de perder o fôlego — literalmente. Os moradores do entorno da fábrica da BASF em Guaratinguetá acordaram hoje com um cenário digno de filme catástrofe: uma cortina de fumaça cinza-escura e estrondos que fariam qualquer um pensar em explosão.
"Parecia aqueles filmes de Hollywood onde tudo começa a desmoronar", contou Dona Marta, aposentada que mora a três quadras do complexo industrial. Ela nem terminou o café quando ouviu o barulho — "um estampido seco, seguido de uns roncos, como se um monstro estivesse acordando lá dentro".
O que realmente aconteceu?
A BASF — aquela gigante alemã que todo mundo conhece dos comerciais de agrotóxicos — foi rápida em esclarecer: calma, gente, foi só um "incidente operacional". Nada de explosões, nada de vazamentos perigosos. Só uma pane num equipamento de ventilação que resolveu dar adeus de forma dramática.
Mas convenhamos: quando a fumaça sobe e o barulho ecoa, ninguém fica esperando nota oficial para correr. O Corpo de Bombeiros recebeu dezenas de chamados — alguns moradores chegaram a evacuar as casas por precaução. "Melhor passar vergonha do que virar estatística", filosofou Seu Osvaldo, dono de um boteco nas redondezas.
E agora, José?
A Defesa Civil municipal ficou de olho nos níveis de qualidade do ar — que, segundo eles, continuaram dentro do normal. Já a Cetesb (aquela turma que fiscaliza poluição) foi acionada pra averiguar se a fumaça tinha algo mais que drama.
- Nenhum ferido foi registrado
- A produção na fábrica continuou normalmente após o susto
- Os moradores seguintes querem explicações menos técnicas e mais pé no chão
No fim das contas, ficou aquele clima de "algo aconteceu, mas não sabemos exatamente o quê". A BASF prometeu investigar a fundo — e os vizinhos prometeram ficar de orelha em pé. Afinal, como diz o ditado: onde há fumaça... nem sempre é fogo, mas desconfiança, ah, essa sobra.