
O silêncio do campo foi quebrado por uma cena que ninguém gostaria de presenciar. Na última terça-feira (5), um fazendeiro, cuja identidade ainda não foi divulgada, perdeu a vida de maneira trágica em uma propriedade rural no Triângulo Mineiro. Ele foi puxado por uma colheitadeira de café enquanto realizava o trabalho diário — aquele que, ironicamente, deveria garantir o sustento, não a morte.
Segundo relatos, o vizinho — um homem que prefere não se identificar — foi quem descobriu o corpo. "Estranhei a máquina ligada, parada no meio do nada, sem ninguém por perto", contou, ainda abalado. "Quando me aproximei, vi que era pior do que imaginava." A colheitadeira, que normalmente corta e separa os grãos de café, desta vez ceifou uma vida.
O que se sabe até agora
As autoridades foram acionadas rapidamente, mas não havia mais o que fazer. O Corpo de Bombeiros chegou ao local e confirmou o óbito no local. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que vai apurar se houve falha mecânica, descuido ou até mesmo falta de equipamentos de segurança — algo que, infelizmente, ainda é comum em algumas propriedades rurais.
O fazendeiro, segundo fontes próximas, era experiente. Conhecia cada centímetro daquelas terras e das máquinas que ajudavam no cultivo. Mas o campo, por mais familiar que seja, não perdoa erros. Um segundo de distração, um equipamento que falha, e tudo pode mudar.
O impacto na comunidade
A notícia correu rápido entre os moradores da região. "Todo mundo se conhece por aqui", disse uma vizinha, que preferiu não dar o nome. "Ele era trabalhador, quieto. Uma dessas pessoas que você nem nota até faltar."
Acidentes como esse, embora raros, não são inéditos. Máquinas agrícolas — especialmente as maiores, como colheitadeiras — exigem atenção redobrada. Um descuido mínimo pode ser fatal. E, no meio do cafezal, longe dos olhos da cidade, o socorro nem sempre chega a tempo.
Agora, resta à família lidar com a perda. E à comunidade, com mais uma lembrança dura daquilo que o campo pode esconder: beleza, sustento e, às vezes, tragédias silenciosas.