
Era um dia comum no açougue do bairro quando a situação descambou para o absurdo. Uma funcionária — que preferiu não se identificar — resolveu "dar uma enganada" no sistema. Picanha, aquela rainha dos churrascos, sendo registrada como coxão mole? Só podia dar merda.
E deu.
O golpe do código errado
Segundo relatos de colegas de trabalho (que falaram sob condição de anonimato), a prática vinha rolando há semanas. A diferença de preço entre os cortes? Quase R$ 15 o quilo. Uma tentativa clara de aumentar margens de lucro de forma, digamos, criativa.
"Quando o fiscal apareceu pra conferir os códigos, ela travou igual Windows 98", contou um funcionário entre risos. O problema é que brincadeira tem hora — e essa acabou custando o emprego da moça.
Reação da direção
A gerência do estabelecimento — que também não quis se identificar — agiu rápido:
- Demissão por justa causa no mesmo dia
- Notificação ao sindicato da categoria
- Promessa de "tripla checagem" nos próximos meses
Numa cidade onde o churrasco é quase religião, mexer com a picanha parece ter sido o equivalente gastronômico de assalto a banco.
"A gente até entende a pressão por metas, mas tem limites", filosofou um cliente habitual, enquanto escolhia seu pedaço de carne com olhar mais desconfiado que o normal.