
Era como avisar sobre um furacão e ninguém ligar. O delator que tentou alertar sobre os riscos do submersível Titan — aquele que implodiu em 2023 — está falando abertamente agora. E as revelações são de arrepiar.
"Foi uma mentira bem embalada", dispara o denunciante, que prefere manter o anonimato por medo de represálias. Segundo ele, os executivos sabiam dos problemas estruturais há meses. "Mas o show tinha que continuar, né?"
Os alertas ignorados
Detalhes técnicos que dariam pesadelo em qualquer engenheiro:
- Falhas no sistema de pressão detectadas em testes
- Relatórios de manutenção "sumiram" misteriosamente
- Prazos de validade de componentes críticos vencidos
"Quando mostrei os dados, me chamaram de alarmista", conta o denunciante, ainda visivelmente abalado. A empresa, claro, nega tudo. Diz que seguia "todos os protocolos". Mas cadê os protocolos quando cinco vidas se foram?
O jogo de empurra-empurra
O pior? Ninguém quer assumir a responsabilidade. A equipe técnica culpa a administração. A administração diz que "confiou nos especialistas". Enquanto isso, famílias choram seus mortos.
Um ex-funcionário, que pediu para não ser identificado, foi mais direto: "Era uma bomba-relógio. Todo mundo sabia, mas o dinheiro falou mais alto".
E agora? As investigações continuam, mas o estrago já está feito. Resta saber se alguém será realmente responsabilizado — ou se vai virar mais um daqueles casos que "caem no esquecimento".