Imagine estar preparando um jantar romântico quando, de repente, sua vida vira de cabeça para baixo. Foi exatamente isso que aconteceu com Ana Lúcia*, uma catarinense de 42 anos, quando sua panela de fondue explodiu como um vulcão em miniatura. O cheiro agradável do queijo derretido se transformou em pesadelo em questão de segundos.
"Parecia que alguém tinha jogado gasolina em mim", lembra ela, com a voz ainda trêmula. "A cera da vela derreteu tão rápido que nem deu tempo de reagir." Os números assustam: 60% do corpo queimado, 15 cirurgias e incontáveis noites de dor insuportável.
A rotina que ninguém imagina
Longe dos holofotes, Ana enfrenta batalhas diárias que fariam muitos desistir. Trocar o curativo? Uma verdadeira maratona de 3 horas. Dormir? Só com ajuda de remédios fortes. "Às vezes choro no banho, mas logo me lembro que cada dia é uma vitória", confessa.
Médicos alertam: acidentes com fondue são mais comuns do que se pensa. "As pessoas subestimam o perigo", diz o cirurgião plástico Dr. Carlos Mendonça. "Uma simples vela pode se transformar numa bomba caseira."
Dicas que podem salvar vidas
- Nunca deixe o fondue sem supervisão - nem que seja "só por um minutinho"
- Prefira modelos elétricos ou com álcool gel, menos perigosos
- Mantenha extintor ou panos úmidos por perto (melhor prevenir, né?)
- Se acontecer o pior: jogue-se no chão e role - não corra!
Enquanto isso, Ana segue sua recuperação com uma força que impressiona até os médicos. "Quero virar exemplo", diz ela, mostrando as cicatrizes que hoje carrega como medalhas de guerra. Sua próxima meta? Voltar a cozinhar - mas dessa vez, no micro-ondas.
*Nome alterado a pedido da entrevistada
