
A cidade de Campo Grande vive mais um capítulo de tensão no transporte público nesta terça-feira (22). Uma paralisação de ônibus expõe uma dívida milionária da prefeitura e coloca em xeque a mobilidade urbana na capital sul-mato-grossense.
Dívida acumulada chega a R$ 9 milhões
O cerne do problema está nos repasses não realizados pela administração municipal. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Campo Grande (Setrec), a prefeitura acumula uma dívida de aproximadamente R$ 9 milhões com as empresas do setor.
Esse valor corresponde a serviços já prestados pela categoria, mas que ainda não foram quitados pelo poder público. A situação financeira crítica levou as empresas a decidirem pela paralisação como forma de pressionar por uma solução definitiva.
Proposta de fundo municipal ganha força
Diante do impasse, ganha força no debate público a criação de um fundo municipal específico para o transporte coletivo. A medida, defendida por especialistas e entidades do setor, visa garantir maior estabilidade financeira e evitar que crises como a atual se repitam.
O fundo funcionaria como uma reserva técnica para cobrir eventuais atrasos nos repasses e garantir o funcionamento regular do sistema, mesmo em momentos de dificuldade financeira do município.
Impacto direto na população
Enquanto prefeitura e empresas não chegam a um acordo, são os usuários do transporte público quem mais sofrem. Milhares de campo-grandenses tiveram sua rotina afetada pela paralisação, com muitos enfrentando dificuldades para se deslocar até o trabalho, escolas e compromissos médicos.
"É uma situação que se repete com frequência preocupante", desabafa um usuário que depende do transporte público diariamente. "Precisamos de uma solução definitiva que garanta o direito básico à mobilidade".
Busca por solução imediata
Diálogos entre as partes envolvidas seguem em andamento na tentativa de normalizar o serviço o mais rápido possível. A expectativa é que a prefeitura apresente uma proposta concreta para o pagamento da dívida e estabeleça um cronograma que evite novas interrupções.
Enquanto isso, a população espera por uma resolução que priorize o transporte público como serviço essencial e garanta seu funcionamento regular.