A cena é de cortar o coração de qualquer um que trafega pela BR-153, no Tocantins. Uma ponte — que deveria ser sinônimo de segurança — exibe seu guarda-corpo completamente destruído, transformando-se num verdadeiro convite ao desastre. E olha que não é exagero meu, não.
Os moradores locais, esses heróis anônimos que convivem diariamente com esse perigo, já perderam a conta de quantas vezes alertaram as autoridades. "É uma roleta-russa", desabafa um comerciante da região, que prefere não se identificar. "Todo dia passo por ali com meu filho na moto e tremo na base. Basta um descuido, um susto qualquer..."
O Descaso que Dura Anos
Parece brincadeira, mas essa situação se arrasta há — preparem-se — mais de três anos! Sim, você leu direito. Três longos anos com uma proteção essencial simplesmente inexistente. A ponte fica num trecho movimentado, onde caminhões, carros e motos disputam espaço diariamente.
O pior? Quando chove — e no Tocantins chove pra valer — a coisa fica ainda mais assustadora. A pista fica escorregadia, a visibilidade reduz e aí, meu amigo, é torcer para não acontecer o pior.
O Grito dos Moradores
Os moradores estão literalmente de cabelo em pé com a demora nos reparos. Eles falam abertamente sobre o medo constante de acordar com notícia de tragédia. "Cansei de ligar para o DNIT, cansei de enviar e-mails", conta uma moradora que vive às margens da rodovia. "Parece que só vão se mover quando acontecer uma desgraça. E aí vai ser tarde demais."
O que mais revolta é a simplicidade da solução. Não estamos falando de reconstruir a ponte inteira, mas sim de consertar uma proteção que pode — e vai — salvar vidas.
O Silêncio que Assusta
Enquanto isso, o DNIT — aqueles que deveriam zelar pela nossa segurança nas estradas — mantém um silêncio ensurdecedor. Nenhum prazo para início dos trabalhos, nenhuma explicação satisfatória para tamanha negligência.
É como se estivessem esperando o pior acontecer para tomar providências. E sabe como é, né? Depois que a casa cai, todo mundo vê que o telhado estava furado.
A verdade é que essa ponte virou um símbolo triste do descaso com a infraestrutura do país. Enquanto burocracias se arrastam, vidas seguem em risco diário. Os moradores prometem continuar pressionando — e torcemos para que sejam ouvidos antes que, Deus nos livre, tenhamos que chorar vidas perdidas por algo tão evitável.
