
Imagina a cena: você chega no estacionamento depois de um dia cansativo, pronto para ir embora, e se depara com isso. Um carro tão, mas tão próximo do seu que parece que os dois veículos estão tendo um affair secreto. Foi exatamente o que aconteceu com uma mulher em Goiânia, que registrou a cena para provar que às vezes a realidade supera qualquer ficção quando o assunto é estacionamento.
As fotos — que circulam nas redes sociais — mostram o Honda Fit branco dela e um Fiat Mobi preto praticamente se beijando. Sério, dava para sentir o calor do motor do outro carro. A distância entre os dois era tão ínfima que abrir a porta do motorista se tornou uma operação de precisão cirúrgica.
O desabafo que virou caso
"Tem lógica?" foi a pergunta que ela fez ao compartilhar as imagens. E cá entre nós, a resposta parece óbvia, não é? Mas o que mais chama atenção — além da óbvia falta de noção de quem estacionou — é como situações assim se tornaram quase rotineiras nos estacionamentos goianienses.
O pior de tudo? Dá para ouvir o suspiro de frustração da mulher através das fotos. Aquela sensação de "será que eu que estou errada em achar isso um absurdo?" que todos nós já sentimos em algum momento.
As reações não mentem
Nas redes, a solidariedade foi imediata. "Isso é falta de educação pura", "Já passei por isso e é um desespero", "Parece que a pessoa quer economizar na vaga". Os comentários mostram que, infelizmente, essa não é uma experiência isolada.
Alguns até brincaram: "Devem ser amigos íntimos", "Casamento de veículos". O humor, claro, é a forma que muitos encontram para lidar com situações que, no fundo, são bastante irritantes.
E a lei, o que diz?
Aqui vem a parte interessante — e que muita gente não sabe. O Código de Trânsito Brasileiro não estabelece uma distância mínima específica entre veículos estacionados. Mas calma, não é carta branca para fazer o que bem entender.
Existe o famoso artigo 181, que fala sobre estacionar em desacordo com a sinalização. E mais importante: o artigo 49, que proíbe estacionar afastado da guia mais de um metro. No caso das fotos, o problema não era a distância da calçada, mas sim a proximidade entre os carros que tornava o uso das portas praticamente impossível.
É aquela velha história: o que não é explicitamente proibido não significa que seja permitido, especialmente quando fere o bom senso.
O que fazer quando isso acontece?
- Respire fundo — a paciência é sua melhor aliada
- Procure pelo motorista — às vezes a pessoa está por perto
- Se não encontrar, chame o estabelecimento — shopping centers e supermercados costumam ter sistema de som
- Em último caso, acione a polícia — mas prepare-se para uma espera que pode ser longa
- Documente a situação — fotos podem ser úteis se houver algum dano
O caso de Goiânia serve como um lembrete — meio irritante, é verdade — de que o trânsito não é feito apenas de ruas e avenidas. Os estacionamentos também são espaços de convivência onde o respeito ao próximo deveria ser a regra, não a exceção.
E você, já passou por algo parecido? Conte nos comentários — mas sem colar demais, por favor.