
Era pra ser mais um dia comum no trânsito caótico de Itu, mas a vida tinha outros planos. De repente, uma corrida contra o relógio — dessas que nem os melhores roteiristas de Hollywood conseguiriam imaginar. Uma gestante, já em trabalho de parto avançado, precisou ser atendida dentro de uma ambulância, com ajuda improvisada de policiais militares que viraram parteiros de última hora.
O drama começou quando a equipe de socorro percebeu que não daria tempo de chegar ao hospital. "A gente viu que o bebê vinha querendo conhecer o mundo, gostasse ou não", contou um dos PMs, ainda com a voz embargada pela adrenalina. E não é que, no meio do caminho, entre buzinados e olhares assustados de outros motoristas, veio ao mundo um pequeno ituano?
Improviso que salvou vidas
Os policiais — que normalmente lidam com situações de risco — tiveram que trocar rapidamente o chip. "De arma na cintura a fraldinhas improvisadas foi um pulo", brincou um deles, aliviado pelo final feliz. A mãe, mesmo assustada, manteve a calma de dar inveja a qualquer instrutor de yoga.
E olha que a cena não foi nada bonita — sangue, gritos, o motorista acelerando sem perder a cautela — mas no final, quando aquele choro forte ecoou na ambulância, até os homens mais durões se emocionaram. "Trabalho na polícia há 15 anos e nunca vivi nada parecido", confessou um sargento.
O que dizem os especialistas
Médicos ouvidos pela reportagem explicaram que partos assim, embora dramáticos, são mais comuns do que se imagina. "Quando o bebê decide nascer, não adianta argumentar", filosofou um obstetra. O importante, segundo ele, é manter a calma e garantir que a mãe e a criança recebam os primeiros cuidados.
Pra sorte de todos, a ambulância estava equipada com o básico, e os PMs — que recebem treinamento básico de primeiros socorros — agiram com sangue frio digno de cinema. "Se tivesse um Oscar pra situações assim, eles mereciam", arrematou a mãe, já recuperada no hospital.