
As câmeras de segurança capturaram uma sequência que é difícil de assistir. Lá estava ele, um homem comum tentando vencer a corrida contra o tempo — e contra o trânsito caótico de Manaus. Cruzando a via de forma irregular, bem em frente ao Terminal 2, por volta das 15h30 desta sexta-feira (23).
O que aconteceu em seguida foi pura tragédia urbana. Um ônibus da linha 644, que trafegava pela avenida, simplesmente não teve chance de evitar o impacto. O veículo — pesado, enorme — atingiu o pedestre em cheio, num baque seco que ecoou pela cena.
Testemunhas ficaram em choque. Alguns correram para ajudar, outros mal conseguiam acreditar no que viram. "Foi tudo muito rápido", comentou um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "A gente vê essas cenas na TV, mas quando é aqui do lado... é diferente."
O Aftermath Imediato
O Samu chegou rapidamente, pra variar — e olha que não é sempre que isso acontece. A equipe médica prestou os primeiros socorros no local mesmo, com aquele protocolo sério que a gente conhece. O homem foi transportado em estado grave, consciente mas bastante machucado, para um hospital da região.
E o motorista do ônibus? Bem, ele ficou no local, colaborou com a polícia — que também apareceu pra fazer a ocorrência. A empresa de transporte emitiu uma nota genérica, dizendo que está prestando todo o apoio necessário e blá-blá-blá de sempre.
O Problema de Sempre
Aqui vai o que me deixa realmente irritado: quantas vezes precisamos ver cenas assim até que algo mude? Essa área em frente ao Terminal 2 é conhecidamente perigosa para pedestres. Todo mundo sabe, todo mundo vê, todo mundo ignora.
Não existe faixa de pedestres por perto, a sinalização é fraca, e a pressa das pessoas — combinada com a impaciência dos motoristas — cria uma bomba-relógio. Que explode, como vimos, de vez em quando.
Enquanto isso, a cidade segue seu ritmo alucinante. Ônibus continuam passando, pessoas continuam correndo, e a sensação de insegurança persiste como uma névoa sobre o asfalto quente de Manaus.